E as atrocidades continuam

As manifestações de FORA BOLSONARO foram um grande sucesso no Brasil e no mundo. Amigos que estão no exterior foram aos atos em seus países, mesmo não vivendo por aqui, mas em solidariedade ais que ficaram e para tentar salvar o país da bancarrota total, fechando para balanço. Apesar dos números expressivos nas ruas, as atrocidades do governo continuam sem nenhum freio. A extrema direita conseguiu acabar com o país pungente e respeitado no exterior. Vão ser necessários pelo menos uns 20 anos para recuperar todas as conquistas que tivemos até os dias de hoje. Mas por que se sustenta um governo que na época de Dilma foi às ruas com pessoas desesperadas com o preço da gasolina a R$ 2 e agora estamos a R$ 7 e nada é falado?

Porque não se trata de direitos do povo, não se trata de absolutamente nada a não ser manter as classes mais ricas como outrora eram posicionadas na época da escravidão. Esse é o Brasil que querem. Pode estar ruim, mas se continuam tomando seu Chardonnay e Pasta de Ovas de Salmão, Cottage e Ciboulette. Para entender a questão da gasolina, no período de Dilma, a variação dos preços era repassada abaixo dos valores praticados no país, uma forma de tentar segurar o aumento da inflação. A Petrobrás afirmava quais seriam os preços. A partir do governo Temer, Pedro Parente, novo presidente da Petrobras, falou que a política de preços passaria a ser guiada pelos interesses da empresa, sem influência do governo. Logo, o valor dos combustíveis começou a acompanhar o mercado internacional, fazendo com que o reajuste seja feita em dólar. O que Bolsonaro poderia fazer? Ele apenas, em favor do povo, poderia dizer para voltar o que era aplicado antes e o preço cairia drasticamente. Se antes, tinha um grande lucro, hoje as empresas estão lucrando demais e falta coragem para Bolsonaro acabar com o sofrimento do povo em detrimento de poucos empresários.

A inflação gigantesca e galopante a cada semana, não importa para o presidente nem ao menos a Paulo Guedes. Com o aumento do dólar, cada vez mais o poder de compra do brasileiro diminui. Mas para o ministro da Economia significa lucro milionário de sua empresa em paraíso fiscal. O ministro mantém US$ 9,5 milhões em empresa das Ilhas Virgens. A legislação brasileira proíbe que membros do governo mantenham esse tipo de negócio. Ainda estão sendo investigados no escândalo denunciado pelo Pandora Papers, do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos, o ICIJ, que denuncia essas contas Offshore. Para os brasileiros o aumento do dólar para seu poder de comprar é além de diminuir essa condição, além dos agregados como gás, mas é entrar no mapa da fome do qual tinha saído no governo Lula. Para Paulo Guedes está uma maravilha, pois representa lucro milionário de sua empresa sediada em um paraíso fiscal no exterior. E as atrocidades continuam.

Enquanto isso, a tempestade de areia gigante dá as caras mais de uma vez em São Paulo, em parte causado pelo desmatamento desenfreado da Amazônia e Pantanal, a falta de chuvas, que diga-se de passagem não é culpa do governo, e falta de planejamento para enfrentar qualquer plano de emergência ambiental. As imagens típicas de deserto do Saara, estão se repetindo na maior capital do Brasil. Outros fenômenos típicos desse problema da devastação como o dia virando noite com fumaça, neve em 18 cidades da Serra Gaúcha, tornado em Santa Catarina e agora chegando a maior crise hídrica desde 2001 que acontecerá em fevereiro de 2022. O que vivíamos nos apagões da época de Fernando Henrique e que culminou em derrota nas eleições, se repetirá com Bolsonaro. Se repetirá, não como um futurismo pessimista, mas como uma realidade provocado por uma falta absoluta de planejamento. Os que criticavam o planejamento de energia eólica de Dilma, entre outras contensões e planos B, agora se tornará uma realidade.

E as atrocidades continuam