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Empoderamento feminino ou sagrado feminino, onde clicar?

Pensamento Cult, Por Alexandre Mauro, Jornalista

Em 23/10/2023 às 09:26:25

Não se fala em outra coisa senão no empoderamento feminino. Mas, e o sagrado feminino? O que houve com o respeito e os direitos de quem nos dá a vida? Há mais de dois mil anos que a luta perdura e ainda está longe do fim.

Então é que, de frágil, não existe nada. A mulher ao longo dos tempos foi buscando seu espaço diante da sociedade e, hoje, se encontra em uma posição de destaque. Mas isso levou séculos e muita luta e sacrifícios. É verdade que ainda não é o que deseja o sexo feminino. Mas, para muitas, já é um sensível avanço. Podemos dizer que sim. O problema é que, para muitos, o caminho trilhado até aqui pode não condizer o que realmente era o que demonstraria o anseio e desejo da maioria das mulheres.

Se o homem hoje paga pelos “erros” de Eva no Paraíso, não podemos dar todo esse crédito a ela sozinha, pois Adão também tem culpa no cartório, uma vez que aceitou o convite de sua mulher para mordiscar o fruto proibido. Portanto, somos todos culpados. Homens e mulheres devem dividir seus erros e acertos, assim diz a Bíblia. Acredito que sim, pois somos todos humanos. O problema começou depois que Jesus a colocou como uma de suas principais vozes e com influência diante decisões. Quando foi crucificado, foi a oportunidade que o homem teve de colocá-la de lado, sem voz ativa e, muito menos, poder de decisão. Aí começou o calvário dela, que deveria ser a primeira a ser ouvida.

O tempo passou e a mulher foi sendo “jogada” de lado em tudo. Parece que o homem esqueceu-se de onde ele vem. E, com isso, tornou-se um ser “desprezível”, que não tinha voz e apenas trabalho. Preconizaram as seguintes atribuições: cuidar da casa, dos filhos e dos maridos, sem interferência na vida política. Não tinham liberdade de se expressar e se manifestar. Seus interesses foram mortos e viviam como escravas de seus próprios sofrimentos. Muitas mulheres que tentaram mudar esse panorama foram mortas cruelmente. Sem contar que a própria igreja se encarregou de fomentar uma das fases mais terríveis da história da humanidade: a caça às bruxas.

“Que nada nos defina, que nada nos sujeite. Que a liberdade seja a nossa própria substância, já que viver é ser livre”. (Simone de Beauvoir)

O tempo passou, a sociedade foi se ajustando e mudando sua forma de lidar com alguns temas, entre eles a mulher na condução de seus direitos. O mundo mudou e depois que o feminismo se tornou realidade, muita coisa se reconsiderou. Mas a pergunta que se faz é: será que a forma conduzida é a melhor maneira de inserir a mulher dentro dos padrões que ela nunca deveria ter saído? Voltamos lá para o Paraíso e entendamos a influência da mulher na sociedade. O poder de persuasão, a iniciativa, os riscos, tudo isso devemos a ela, a mulher. O homem, em muitas coisas, pensa demais. A mulher, ela define. Vai à luta, se arrisca e, quando cai, levanta com elegância. Tudo isso vem no seu DNA!

Desde o século XIX, o movimento feminista ganhou força, foi se consolidando e marcando uma nova era da mulher na sociedade. Hoje, é um movimento social, político e filosófico, com finalidade de propor igualdade entre homens e mulheres, fugindo do padrão patriarcal imposto pela sociedade e buscando o empoderamento. Essa via, no entanto, está sofrendo algumas interpretações ao longo dos anos que a coloca em debate. Será que a forma conduzida até aqui foi a melhor escolha para trazer de volta a importância da mulher no mundo? Sinceramente, eu não sei, mas que alguns pontos são questionáveis, isso a história se encarrega de dizer.

Vejamos algumas das principais bandeiras levantadas pelo movimento: igualdade profissional, ser valorizada igualmente ao homem quando exercem a mesma função. E, por conta dessa independência, a mulher ao longo das últimas décadas optou em valorizar a sua vida, independente da família. Passou a evitar filhos. Vitória da pílula, que concebeu à mulher o direito de fazer sexo por prazer e não apenas para procriar. Um avanço que a deixou mais confiante e ousada. Parece que não conseguimos perceber a importância dessa revolução sexual, mas ela é que foi se metamorfoseando até os dias de hoje e trazendo consigo a ideia de que filho pode ser um retrocesso nessa conquista. Verdade que, no planeta, ainda é uma minoria que acredita nessa hipótese, mas ela existe e tem força. Há também a ideia de equiparação de valores emocionais aos homens, que se divergem ao longo dos tempos. Por exemplo: acreditar que, para ser respeitada e valorizada, precisa abrir mão da maternidade, da família, e - o que mais assusta no momento -, apoiar o aborto.

Acho que a maioria da humanidade é a favor do aborto, desde que seja a única saída para o problema, mas não que sirva como uma opção de escolha. Esse tema, ainda hoje, é debatido e leva as pessoas a terem opiniões totalmente divergentes pelos quatro cantos do mundo. Pelo visto, ainda teremos muito tempo para chegar a uma conclusão quanto ao que é certo ou errado sobre o tema. Por ora, acredito e torço para que o movimento feminista deixe de ser um movimento e caia de vez na história da humanidade como “a hora em que o mundo se voltou e trouxe de volta a mulher para o seu lado”. Sempre acreditei na mulher como o centro da sociedade. Ela detém o poder total do universo. O Sagrado Feminino ainda está longe de ser totalmente entendido pelo homem, o que o faz seu pior inimigo.

Ao mesmo tempo em que a mulher tem todo esse poder, em minha opinião, e agradeço por isso, o feminismo pode sim ter alguns pontos que vem sendo distorcidos. Não pela mulher, mas sim por alguém que não deseja a superioridade feminina e, sim, a sua perda de consistência, uma vez que, quando você se perde em algo, acaba enfraquecendo os valores. Acredito que a mulher, seja a feminista ou outra qualquer, para exercer sua vontade na sociedade, precisa - acima de tudo -, entender o seu lugar e a sua importância no contexto. Existem muitas pessoas que acham o mundo errado, que a humanidade se perdeu e é verdade. Mas o valor da mulher e sua relevância, jamais!

“Você tem que aprender a levantar-se da mesa quando o amor não estiver mais sendo servido”. (Nina Simone)

Li outro dia um post na internet e não tinha autor conhecido, mas me chamou bastante a atenção. E me fez escrever sobre o tema. Dizia o seguinte: “O feminismo fez a mulher enxergar os filhos com um peso, a maternidade como um castigo, o homem como um rival, o assassinato de bebês como um direito e a libertinagem como uma conquista”. Existem pontos a definir nessa frase e que não somos capazes de cravar sem debate. Mas uma coisa é certa: a luta é árdua e contínua. Que a mulher seja para sempre respeitada e valorizada independente de seu posicionamento sócio-político-econômico-raça-religião-opção sexual…

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