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As armadilhas da autossabotagem

Saúde Mental e Bem-Estar, Por Andréa Ladislau, Psicanalista

Em 15/05/2023 às 13:49:06

Quando falamos em sabotagem, a primeira ideia que pode vir à mente é de “puxadas de tapete”. Mas nem sempre a sabotagem vem do outro. A sabotagem mais cruel é manifestada em nosso próprio inconsciente, cercada por crenças limitantes que nos impedem de crescer pessoal ou profissionalmente. Os sabotadores são padrões mentais e emocionais que levam à autossabotagem diariamente. Em linhas gerais, são grandes redes de pensamentos ou atitudes e comportamentos negativos e pessimistas que nos impedem a evolução pessoal, como a raiva, medo, ódio, vingança, culpa, ansiedade e vergonha.

Os nossos maiores sabotadores são o medo, o desejo de permanecer na zona de conforto, a vaidade, a prepotência, a falta de organização e planejamento, a falta de objetivos e foco, a procrastinação, a desmotivação e, por fim, as nossas crenças limitadoras.

De forma inconsciente, esses sabotadores acabam por transformar e padronizar nossa personalidade e o nosso comportamento, definindo personalidades do tipo: críticos, controladores, hiper vigilantes, hiper racionais, insistentes, prestativos em demasia, hiper realizadores, inquietos ou esquivos (aquele que nunca consegue dizer não).

Sabotagem é um autoengano, uma projeção falsa de si e da realidade, por inconsciência, não se dar o tempo para trazer as coisas para a consciência, por medo de olhar para dentro e quebrar as amarras. Ela acontece quando pulamos o processo, descumprindo o ciclo de perceber (observar o que se está sentindo no momento, identificar a emoção), compreender o motivo de estar sentindo isso e o momento de concluir (chegar a uma conclusão ou choque de realidade), o querer sair dessa situação (o que fazer para sair disso). Planejar a solução, conversar com os próprios botões, dialogar consigo (inteligência intrapessoal). Para sair do ciclo da autossabotagem é necessário instalar a competência, a sabedoria emocional ou a maturidade, através da autoconsciência, do autoquestionamento, do autocontrole (autoestima), da análise, da sublimação (fazer alguma atividade que goste e traga alegria) e da motivação (eliminar ou ajudar).

Ao controlar melhor seus sabotadores, muitos benefícios serão gerados para a mente e para o corpo, como por exemplo: níveis menores de produção dos hormônios ligados ao estresse, pois com os sabotadores ativados, ao invés de produzir endorfinas no metabolismo, se produz adrenalina, causando uma doença degenerativa, como punição (inconsciente). Além disso, tem-se um sistema imunológico mais eficiente, reduzindo as chances de contrair doenças. Outro benefício é a redução de pressão arterial, do aparecimento de dores crônicas, uma melhor higienização do sono e também maiores chances de controle de possíveis alterações do distúrbio alimentar, pois cada tipo de emoção se dirige a um órgão do corpo. Por isso temos que tomar consciência delas. E, se não tratadas, se transformam em doenças somatizadas no organismo.

Enfim, sabotar a si mesmo é não reconhecer sua existência e não compreender o que lhe faz sofrer ou lhe impede de alcançar seus objetivos e, consequentemente, o sucesso.

É preciso se conscientizar da necessidade de mudança de padrões mentais e comportamentais. Afinal, alguns sentimentos e emoções, quando surgem, se não controlados, podem ativar outras emoções negativas, drenando energia, limitando forças e gerando fantasmas desnecessários. Portanto, o autoconhecimento e a autoempatia são grandes aliados na luta contra a autossabotagem que, naturalmente, pode surgir para minar o protagonismo do ser humano.

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