O governador do Rio, Wilson Witzel, assinou, na tarde desta terça (15), no Palácio Guanabara, um decreto que incluiu o setor metal mecânico na Lei 6.979/15, que concede incentivos fiscais a empresas de siderurgia do estado. Segundo o Governo do Estado, hoje as empresas do setor pagam 20% de alíquota final de ICMS, mas, com o decreto que estará valendo a partir do mês que vem, a tributação sobre o valor final caíra para 3%.
O objetivo do executivo é que, com o benefício, novas indústrias e outras que migraram para Minas Gerais, devido ao baixo custo, retornem para o estado do Rio de Janeiro e assim movimentem a economia e gerem emprego.
“Estamos trabalhando para que esse não seja o único ato que vai beneficiar as cadeias produtivas instaladas no nosso estado. O Governo do Rio é um parceiro das empresas, que vão gerar mais empregos e impulsionar a economia. Estamos entrando em um novo momento que, acredito, será de desenvolvimento contínuo”, disse o governador Witzel.
As cidades do sul fluminense serão as principais beneficiadas pela extensão da lei. A cidade de Volta Redonda, considerada a cidade do aço, por exemplo, terá a volta de sete empresas do setor de linha branca (geladeiras, fogões, latas) e gerará movimentação na economia local e a expectativa de criação de quatro mil empregos.
Já a cidade vizinha de Barra Mansa pretende tornar algumas áreas próximas à Dutra o distrito industrial da Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro.
O prefeito de Volta Redonda, Samuca Silva (PSDB), esteve com o governador do Rio, Wilson Witzel, para tratar da construção do Polo Metalmecânico e viu, de forma positiva, a iniciativa do governo estadual.
“Volta Redonda retoma sua vocação de Cidade do Aço. O aço, que hoje sai bruto para indústrias de outros estados, será utilizado aqui, onde se desenvolverá uma cadeia produtiva completa. E não vamos parar por aqui, precisamos pensar mais, o Sul Fluminense precisa ampliar a infraestrutura”, afirmou o prefeito Samuca Silva.
O presidente da Companhia Siderúrgica Nacional, Benjamin Steinbruch, também viu como positiva a medida tomada pelo estado.
“Estou aqui tendo a honra de falar em nome de dezenas de empresários. Obrigado, governador, por ter aceitado esse pleito antigo. O senhor entendeu o que é o norte da classe empresarial: que é ter condições iguais de trabalho, estabilidade e previsibilidade. Nós temos que ter o imposto no valor agregado. O Rio de Janeiro vai ganhar impostos com isso, porque teremos mais empresas no Estado, gerando mais empregos e mais renda. Estão aqui presentes mais de 60 empresas que estão dispostas a investir no Rio de Janeiro. Assim como a CSN, que quer investir em várias frentes no Rio de Janeiro”, destacou o presidente da CSN.
A exportação de produtos derivados do aço também será outro benefício do decreto assinado hoje. As indústrias siderúrgicas poderão fazer a remessa de suas mercadorias para outros países, o que estimulará também a movimentação no Porto de Itaguaí, em Sepetiba.