Aproximadamente oito milhões de mulheres no mundo com risco de câncer de mama não possuem mamógrafos em sua cidade. A constatação é de um estudo realizado pela consultoria Exceed Américas, especializada em estatística da saúde. Segundo os dados auferidos, o Brasil possui aparelhos suficientes, mas os mesmos estão mal distribuídos nos municípios. O mesmo estudo cruzou a presença de aparelhos com os dados populacionais.
“Mamografia é um exame extremamente importante para a detecção precoce do câncer de mama nos estágios iniciais. O aparelho é capaz de rastrear a doença antes da identificação pelo autoexame”, afirma a oncologista Priscilla Pentagna.
Priscilla Pentagna, oncologista. Foto: Divulgação.
A falta de mamógrafos suficientes nas cidades pode retardar o diagnóstico das pacientes. Em virtude do envelhecimento da população, o câncer de mama acaba atingindo quase 30% dos tumores em mulheres. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), são esperados cerca de 60 mil casos de novos casos da doença em 2019. Uma parte dessas mulheres morrerão em consequência deste tipo de tumor. “Quanto mais cedo se detecta, através da mamografia, mais cedo se inicia o tratamento. Quando há uma precocidade, existe também a possibilidade de cura”, avalia Pentagna.
Mamógrafo. Foto: Divulgação.
A sociedade brasileira de mamografia recomenda o rastreio mamográfico a partir dos 40 anos. Com o déficit de mamógrafos , há atraso no diagnósticos das pacientes, que podem apresentar tumores mais avançados ao diagnóstico. Priscilla se depara muitas vezes com essas situações em seu consultório. “A falta da avaliação mamográfica no aparelho faz com que as pacientes possam apresentar tumores mais avançados no diagnóstico”, completa a oncologista.