Nesta terça-feira (5), os agentes do Degase iniciaram uma paralisação nas 25 unidades do estado do Rio de Janeiro. O movimento foi votado em uma assembleia realizada na última quinta-feira (31) e, por tal motivo, algumas atividades foram suspensas sem previsão de retorno. Já na tarde de hoje, uma ameaça de rebelião no Centro de Socioeducação Dom Bosco, na Ilha do Governador, ameaçou a normalidade do local.
Entretanto, de acordo com o Departamento Geral de Ações Socioeducativas, a agitação de adolescentes dentro dos alojamentos não teve grandes proporções. Em nota, o órgão informou que a situação foi imediatamente controlada e a unidade está normalizada, sem feridos.
Vale ressaltar ainda que, segundo o sindicato do Degase, o Regime Adicional de Serviço (RAS), o porte de armas, o concurso público e as progressões são a base do movimento. Em comunicado oficial no site da entidade, a categoria aponta que vem solicitando mudanças há tempos.
A classe relembra que o Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase) possui 25 unidades. São nove em regime fechado e 16 em regime semiaberto. Além disso, existem cerca de 1.500 agentes e uma vacância de 1/4 do quadro efetivo, que necessita de concurso público ou da utilização do quadro de reservas do último concurso.
No início de 2019, o movimento conseguiu a aprovação de uma lei que garantiu porte de arma aos agentes. Contudo, a pauta está parada na Procuradoria Geral do Estado (PGE). Os agentes também estão sem reajuste há cinco anos.