A sessão sobre a encampação da Linha Amarela pela Prefeitura do Rio, nesta terça (6), teve um momento inusitado durante a votação e que repercutiu nas redes sociais. O vereador Marcelino D"Almeida (PP) se recusou a votar na 1ª parte da votação, por ser o 24º parlamentar a votar na lista manual. O número 24 é atribuído ao veado no jogo do bicho, e algumas pessoas que ficaram sabendo da atitude de Marcelino consideraram um ato de homofobia. O caso gerou comentários e mêmes na internet, e vários usuários criticaram o comportamento do vereador nas próprias páginas do vereador nas mídias sociais.
Além do possível crime de homofobia atribuído ao vereador Marcelino, o regimento da Câmara do Rio não permite que nenhum parlamentar se recuse a votar durante a sessão.
O portal Eu, Rio entrou em contato com a presidência da Câmara de Vereadores e com o Conselho de Ética para saber se alguma medida será tomada em função da conduta do deputado.
O presidente da Câmara dos Vereadores, Jorge Felippe (PMDB), repudiou a atitude do parlamentar e respondeu que foi "uma reação infeliz e que qualquer outra implicação não cabe à presidência tomar uma atitude e sim ao Conselho de Ética".
O presidente da Comissão de Ética da Casa, Fernando William (PDT), atribuiu o comportamento do vereador a um erro e que o parlamentar já se desculpou pelo fato.
"Foi um erro que não pode se repetir. Ele já pediu desculpas. Aqui é uma Casa plural e não há espaço para algumas atitudes e temos que combatê-las", disse Fernando William.
O vereador Marcelino D"Almeida enviou uma nota e entrou em contato com a nossa redação, desculpando-se pelo fato ocorrido e afirmando que irá se desculpar no plenário da Câmara dos Vereadores.
Marcelino D´Almeida emitiu a seguinte nota:
"Quero dizer que na data de ontem, exerci normalmente a minha função de vereador, votando na pauta do dia, que era a encampação da Linha Amarela. Em nenhum momento desrespeitei ninguém, não tive essa intenção, mas, se alguém se sentiu ofendido pelo fato de ter votado após a segunda chamada, peço que me desculpe. Enfim, tenho o maior respeito pelo ser humano e não tenho preconceito com relação à diversidade sexual e de gênero."