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Chacina da Candelária completa 25 anos hoje com missa em homenagem às vítimas

Oito meninos de rua, vítimas da chacina de 1993, e outros casos de violência foram homenageados

Por Marcos Nahmias em 23/07/2018 às 19:18:24

Oito jovens foram fuzilados por policiais militares em frente à igreja, no Centro do Rio. (Agência Brasil)

A missa, na manhã desta segunda-feira, lembrou as oito vítimas da Chacina da Candelária, que completa 25 anos hoje, e de outros episódios de crimes no Rio de Janeiro. Familiares e amigos de vítimas de chacinas e de outros tipos de violência no Rio estiveram presentes na homenagem.

A chacina e outros casos de violência, como o da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes, e do menino Ryan, que morreu após ser baleado enquanto brincava em um telhado, foram também lembrados.

Homens, mulheres, crianças e jovens subiram ao altar da igreja da Candelária com velas e cartazes, representando não só as vítimas da Chacina, como também de outros tipos de violência que ocorreram no Rio de Janeiro.

Algumas pessoas seguiram em caminhada da Candelária em direção à Cinelândia levando faixas, cartazes e dando gritos de ordem e de paz, após a missa.

A chacina da Candelária

Oito jovens ao todo, entre 11 e 19 anos, foram fuzilados na madrugada de 23 de julho de 1993 por policiais militares que abriram fogo contra um grupo que dormia na praça, em frente à igreja, no Centro do Rio.

Todos os apontados por envolvimento na Chacina da Candelária estão fora da cadeia. Os três eram policiais militares. Um deles, inclusive, é considerado foragido pela Justiça. São eles: Nelson Oliveira dos Santos Cunha, que está solto; Marcos Aurélio de Alcântara, também está solto; e Marcus Vinícius Emmanuel Borges, foragido.

Os sobreviventes contaram que os homens chegaram à praça em frente à Igreja da Candelária chamando pelo o nome de Marco Antônio Alves da Silva, o Come-Gato, um dos líderes do grupo. Em seguida, dispararam tiros sobre o grupo de mais de 70 pessoas segundo ativistas sociais da região.

Um grupo foi executado na Candelária e outros dois jovens foram executados no Aterro do Flamengo. Algumas armas utilizadas na Candelária foram também usadas no Aterro, de acordo com o exame de balística.

As vítimas foram: Paulo Roberto de Oliveira, 11 anos; Anderson de Oliveira Pereira, 13 anos; Marcelo Cândido de Jesus, 14 anos; Miguel de Almeida, 14 anos; "Gambazinho", 17 anos; Leandro Santos da Conceição, 17 anos; Paulo José da Silva, 18 anos; Marcos Antônio Alves da Silva, o Come-Gato, 19 anos.

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