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Como controlar a ansiedade e encarar as provas finais sem medo

Especialistas apontam os caminhos para os estudantes

Por Portal Eu, Rio! em 14/12/2019 às 09:40:00

Férias - palavra mais cobiçada pelos estudantes ao final de um ano letivo – pode ser sinônimo de lazer e diversão. No entanto, até alcançar o tão aguardado descanso merecido, os alunos devem encarar as temidas provas finais, e uma alternativa para antecipar a pausa escolar é justamente estudar em casa. Dessa forma, permite ao jovem assimilar paralelamente o conteúdo com mais êxito. E a boa notícia é que os pais podem e devem ajudar seus filhos nessa tarefa, é o que dizem os especialistas.

Mas atenção: ajudar não é o mesmo que executar os exercícios designados à criança. Por isso, o ideal é que o aluno tenha uma rotina de estudos para se manter em dia com os conteúdos e se sentir seguro. E a família tem papel fundamental nessa parte. Organizar a rotina da casa pensando no jovem, ter um espaço tranquilo para estudos, estipular horários para as atividades do lar e não sobrecarregá-los com tarefas extracurriculares são algumas das medidas que devem ser tomadas periodicamente. Além disso, é muito importante passar tempo de qualidade com seus filhos para que eles se sintam amados e tenham uma ligação forte com os pais.

Segundo a professora e diretora pedagógica Lúcia Dieguez, a participação da família é extremamente relevante para o desenvolvimento acadêmico dos alunos. “No IBPI, nós orientamos que os familiares acompanhem as atividades escolares de seus filhos, dentro e fora da instituição. Mas também explicamos que acompanhar não é fazer as atividades pelas crianças. Realizar trabalhos, se organizar, ter compromisso com as datas é a única maneira dos alunos praticarem sua autonomia e se prepararem para as responsabilidades da vida adulta. Então aconselho aos responsáveis: observe, cobre, verifique as atividades, mas deixem seus filhos fazerem sozinhos para que também possam aprender com os erros”, orienta a pedagoga.

A educação de um jovem pode ser dividida em duas partes: a acadêmica e a social. Na acadêmica, a escola tem papel principal. Seguir as diretrizes do ensino brasileiro e garantir que o aluno tenha acesso às informações básicas para sua formação são funções da instituição de ensino. Já a parte social precisa ser encarada como um trabalho conjunto da escola e da família. Responsabilidades, relacionamento, convívio em sociedade, autonomia, entre outros não são conceitos simples e que se aprendem em páginas de livros. É preciso um exercício diário e, principalmente, o bom exemplo para que os jovens adquiram essas práticas.

Outro ato que deve ser praticado constantemente é como lidar com a ansiedade. “Valorizar os acertos e corrigir os erros de maneira atenciosa, sempre mostrando para o aluno que ele é capaz de se superar, deve acontecer durante todo o ano e não só durante a semana de provas. É assim que trabalhamos no Colégio IBPI, buscamos sempre orientar os estudantes de forma a manter a autoestima deles elevada através de encorajamento e elogios quando merecidos. E, durante a semana de provas, sempre contamos com uma atenção extra dos nossos professores que tiram dúvidas e revisam os conteúdos, já que se o aluno percebe que está indo bem na revisão, sua confiança aumenta e a prova deixa de ser um bicho de sete cabeças”, destaca Lúcia.

Para o professor de Matemática, Luciano Monteiro de Castro, dar atenção da mesma forma a todos os estudantes é um erro. “Alunos diferentes têm necessidades diferentes, e devemos, na medida do possível, dar atenção de forma diferente. E esse é um grande desafio. A escola costuma planejar ações para os jovens com mais dificuldade, para ajudá-los a recuperar-se e atingir o mínimo de compreensão exigido. Mas muito pouco costuma ser feito na outra ponta, ou seja, dar atenção aos alunos que têm excelente desempenho, e ajudá-los a melhorar ainda mais. Projetos como as Olimpíadas de conhecimento (Canguru de Matemática, OBMEP, por exemplo) são formas comprovadas de cuidar desse aspecto e ajudar os mais interessados a atingirem níveis de aprendizado ainda mais altos. E há estudos suficientes já para comprovar que quando uma turma tem alunos premiados, o desempenho de todo o grupo tende a melhorar”, explica.

Independentemente de ser uma criança ou uma turma, a ansiedade e estresse dos estudantes é inevitável durante o período de avaliações finais. Pensando nisso, o professor Luciano orienta todos os seus alunos ao conceito de “Uma coisa de cada vez”. “Na proximidade das provas, é melhor estudar bem uma coisa do que ficar pulando entre várias e acabar não assimilando coisa alguma. Cada pequeno tópico bem estudado e bem assimilado vai ajudando a diminuir a ansiedade e ganhar confiança, pouco a pouco. Comunique ao seu filho com clareza quais são as responsabilidades dele, exija com firmeza e amor, e confie nele”, propõe o mestre.

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