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Salgueiro afasta porta-bandeira por "gravidez de risco" e mestre-sala sai junto

Marcella Alves desmente escola e Sidiclei sai em solidariedde

Por Leonardo Brito em 24/07/2018 às 09:51:07

Marcela e Sidiclei saíram do Salgueiro (Foto: Alex Nunes/Reprodução Facebook Marcella Alves)

A Acadêmicos do Salgueiro através da sua Presidente Regina Celi, de forma surpreendente afastou a porta-bandeira Marcella Alves do próximo carnaval. A decisão se deu, segundo ela “por conta dos riscos da gravidez de Marcella”

Na tarde desta segunda-feira (23), a diretoria do Grêmio Recreativo Escola de Samba Acadêmicos do Salgueiro decidiu por conceder licença à Marcella Alves, como 1ª porta-bandeira, para que ela possa cuidar de sua gravidez, que é de risco.

A profissional permanece na agremiação, ficando fora do posto apenas no próximo desfile.

Por conta dos riscos da gestação, Marcella só teria condições de voltar aos ensaios normais a partir de 25 de janeiro, motivo pelo qual se deu a decisão da diretoria.

Em breve será anunciado um nome para o posto de 1ª porta-bandeira da agremiação para o carnaval de 2019. “Não houve demissão. Estamos resguardando a saúde dela e do bebê”, diz a presidente Regina Celi.”

Marcella inclusive já tinha começado a ensaiar com seu parceiro Sidicley, até tinha postado na sua rede social o vídeo. Ela que é uma das mais premiadas e principais porta-bandeiras do carnaval carioca tem uma história de identificação com a vermelho e branco tendo desfilado na escola de 2001 a 2004 e desde 2014.

MARCELLA DESMENTE NOTA DE REGINA CELI, NEGA QUE SUA GRAVIDEZ ERA DE RISCO

Ao repórter Renan Rodrigues do Jornal O Globo, Marcella rebateu as declarações da Presidente da escola afirmando ainda estar com um mês de salário atrasado.

"Eles estão dizendo que me botaram de licença, mas eu saí de lá fazendo pergunta: Estou dispensada? Eles disseram: "Está". Estou com um mês de pagamento atrasada. Licença maternidade é no final da gestação. Eles foram claros ao dizer que não contam comigo para o carnaval de 2019", conta.

"O que muito me entristece é que eu fui dispensada por uma mulher que se diz mãe de mais de três mil salgueirenses e está virando as costas para uma salgueirense no momento em que mais precisa", desabafou a dançarina.

O acordo com a direção salgueirense, segundo Marcella, era de que a porta-bandeira não dançaria nos ensaios de sábado, na quadra da agremiação, pelo risco de queda no piso molhado. Alves também negou a informação divulgada pela escola de que sua gestação é considerada de risco.


- Tenho medo de dançar na quadra do Salgueiro porque é escorregadia. Já tomei um tombo. Tenho 35 anos, danço no carnaval desde os 9. Cheguei a conclusão de que não dançar nos ensaios de quadra não seria problema. Conversei com a escola, que já sabia que eu estava tentando engravidar, tanto que no carnaval deste ano a ideia era eu tentar desfilar grávida no enredo 'Senhoras do ventre do mundo'. Minha médica pediu para não fazer esforço nos três primeiros meses, mas agora estou liberada para malhar, dar aula. Sou personal trainer. Minha única restrição é não viajar de avião - acrescenta.


Celi não comentou as declarações de Marcella


SIDCLEI EM SOLIDARIEDADE SE DESLIGA DA ESCOLA


O mestre-sala Sidclei anunciou nas redes sociais sua saída da escola, em solidariedade a Marcella.


“Venho por meio desta agradecer a oportunidade e a honra que a mim foi dada nesses 8 carnavais em que pude com muita felicidade defender esse pavilhão, no qual conquistei diversos prêmios, meu segundo estandarte de Ouro e finalizo com 120 pontos somados dos últimos 3 carnavais consecutivos.

Me despeço de uma agremiação que mora no meu coração e que sempre torcerei.

Não sei ainda do meu futuro, mas a princípio prefiro seguir o caminho com minha porta bandeira Marcella Alves e torcer para que em um futuro próximo nos consigamos honrar um pavilhao.”

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