O governador do Rio, Wilson Witzel, formalizou, na manhã dessa quinta (26), o apoio do estado do Rio de Janeiro por meio de Lei de Incentivo ao Réveillon 2020 na praia de Copacabana no Rio. O apoio ao evento de virada de ano foi garantido através de uma parceria com a operadora Tim e a Ambev que doaram ao todo 5,5 milhões através da Lei. Segundo a Secretaria Estadual de Cultura e Economia Criativa, a Ambev doou R$ 2 milhões e a Tim Brasil, R$ 3,5 milhões, respectivamente, para o Réveillon, e a expectativa é que participem aproximadamente 2,8 milhões de pessoas.
“Quero agradecer às empresas Ambev e Tim Brasil, que vão destinar R$ 5,5 milhões para a festa em Copacabana. Os recursos serão repassados à SRCOM, empresa responsável pelo evento. Queremos promover o Rio, de janeiro a janeiro, e estamos trabalhando para isso. Temos feito a nossa parte, com investimentos no turismo e em entretenimento. Nós estamos contabilizando um retorno de pelo menos três vezes com este grande evento. São quase 3 milhões de pessoas comemorando a passagem do ano, uma festa que gera ainda 50 mil empregos diretos e indiretos no viés da Economia Criativa, disse o governador.
O governador confirmou que, nesse ano, a festa terá 4 palcos em vários pontos da praia, com sete telões para o público acompanhar os shows, 10 balsas, com mais de 16 toneladas de fogos, 16 torres de som, 800 banheiros químicos, 4 postos médicos e 30 torres da Polícia Militar para cuidar da segurança da orla. O custo total do ano novo é de R$ 10 milhões. A festa contará com a apresentação da cantora Anayle Sullivan, dos cantores Allyrio Mello, Diogo Nogueira e Ferrugem, do DJ Marlboro e da bateria da Estação Primeira de Mangueira.
Outra novidade anunciada para o mês de janeiro é a realização do Festival Verão, que ocorrerá durante nove finais de semana nas praias de Copacabana e Ipanema com shows gratuitos.
Procuradoria do Município recorre na justiça contra suspensão de show gospel
A Procuradoria Geral do Município recorreu, em nome da Prefeitura do Rio, nesta quinta (26), contra a suspensão do show da cantora gospel Anayle Sullivan, determinada pela justiça do Rio. O Tribunal de Justiça decidiu na semana passada que o show não fosse realizado, já que fere o estado laico de direito e a liberdade religiosa.
"Não há dúvidas de que a inserção de show de música gospel, gênero ligado a religiões de origem cristã, em detrimento das inúmeras outras existentes, vai de encontro à laicidade estatal e à garantia de liberdade religiosa", escreveu a juíza Ana Cecília Argueso Gomes de Almeida na decisão.
A PGM argumenta, no documento protocolado, que “a jurisprudência é farta ao não confundir a realização de espetáculos artísticos e culturais com o incentivo ou proibição de cultos religiosos de qualquer matriz, sendo somente esses dois últimos os sujeitos à vedação constitucional”, não tendo assim nenhum aspecto religioso.
A decisão final caberá a instância superior do Tribunal de Justiça.