No ar desde 2019, a plataforma Tem no Subúrbio potencializa a cena cultural e social das regiões suburbanas do Rio de Janeiro. Cofundada pelo arquiteto, produtor e ativista periférico Rafael Bastos, a iniciativa nasceu para suprir a falta de representatividade dos subúrbios nas mídias e agendas culturais, impulsionando artistas e produções locais e promovendo o reconhecimento da identidade periférica.
O Tem no Subúrbio vai além da realização pontual de eventos, estabelecendo uma rede de articulação com produtores, realizadores e trabalhadores da arte que atuam no Subúrbio. O principal foco da plataforma está no fortalecimento dessa rede de contatos e na divulgação das atividades culturais da região. Através de saraus, shows, exposições, aulas públicas, debates e oficinas, o “Tem no Subúrbio” promove temas que vão desde a história local até a conscientização política.
Essas ações não só destacam a riqueza da cultura negra, feminista e periférica, como também proporcionam às mulheres suburbanas – maioria do público da plataforma – um espaço de valorização e afirmação.
“O Tem no Subúrbio nos ensina que a cultura periférica não é marginal, e sim essencial para a compreensão do Rio de Janeiro em sua totalidade”, acrescenta Rafael Bastos.
O futuro dos subúrbios cariocas
Com um recorte demográfico que reflete a realidade dos territórios periféricos, o Tem no Subúrbio foca seu conteúdo na maioria da população suburbana – predominantemente pessoas negras, mulheres e jovens adultos. Além disso, a plataforma se preocupa em criar espaço para as minorias, como a população LGBTQIAPN+ e pessoas com deficiência, garantindo que suas vozes sejam representadas.
Rafael Bastos destaca que a missão do Tem no Subúrbio é continuar a lutar pelo reconhecimento dos subúrbios como parte fundamental da cidade. “Queremos que os subúrbios sejam vistos não apenas como espaços estigmatizados por aquilo que falta lá, mas como polos de inovação cultural e transformação social.”