A solução para a crise financeira do município do Rio de Janeiro mobiliza Câmara e prefeitura. Enquanto o vereador Paulo Messina acusa o governo de má gestão, o prefeito Marcelo Crivella se defende e alega ter recebido o município com muitas dívidas. Enquanto isso, os carnês de IPTU 2020 estão sendo distribuídos com 3,91% de aumento.
Em 2019, a prefeitura arrecadou 17% menos do previsto apenas com o IPTU. Outras receitas também ficaram abaixo do esperado. O resultado é que no ano anterior foram arrecadados menos R$ 4,7 bilhões do que a equipe de Crivella pretendia. Faltou dinheiro para a saúde, entre outros setores.
Para outros analistas, o problema do Rio de Janeiro é a má gestão da atual equipe. O vereador Paulo Messina defende a ideia de que o Rio de Janeiro tem arrecadação suficiente para manter os serviços. Em vídeo postado nas redes sociais, Messina diz que, até outubro de 2019 o município arrecadou a mais R$ 1 bilhão em impostos e taxas. Ele acusa o prefeito de ter usado o dinheiro para distribuir verbas a vereadores e evitar o impeachment, processo ao qual estava sendo submetido.
Já o prefeito Marcelo Crivella diz que recebeu a cidade com dívidas equivalentes a R$ 6,8 bilhões a serem quitadas durante os quatro anos de sua gestão, criadas durante o governo anterior.
“É fácil as pessoas dizerem que houve má gestão. O fato é que houve falta de dinheiro”, se defende o prefeito Marcelo Crivella em sua página do facebook.
No início do ano, em pleno recesso parlamentar, os vereadores se reuniram com o secretário de secretário municipal de Fazenda Cesar Augusto Barbiero para ouvir o que a prefeitura pretende para 2020.
De acordo com o líder do governo, o vereador Dr. Jairinho (MDB), a Prefeitura contratou a empresa XP Investimentos com o objetivo de cobrar dívidas e lançar debêntures – títulos de créditos de um empréstimo junto a terceiros. Com isso, a equipe do governo pretende arrecadar mais do que o ano anterior e acabar com a crise financeira do município.