Assassino de jovens em Maricá falou em telefone antes do crime

Investigações da Polícia Civil revelam que o homem suspeito de cometer a chacina de cinco jovens em 2018 em Maricá, fez uma ligação antes de assassinar os rapazes e perguntou o que era para fazer.

Ele disse ao interlocutor que dois dos prováveis alvos estavam ali e que haviam mais três. Depois disso, executou as vítimas.

As vítimas, todas jovens, com idade entre 16 e 20 anos, foram abordadas por um homem no interior do condomínio onde residiam do programa Minha Casa Minha Vida, sendo que o executor determinou que todos deitassem no solo e efetuou diversos disparos de arma de fogo contra regiões letais (cabeça e tórax) dos rapazes.

Na abordagem aos jovens, o homem apontado como assassino teria dito: "Entra todo mundo, pois aqui é a milícia, vou acabar com a bagunça no condomínio".

O suspeito está preso e responde a processo na Justiça pelos crimes. Um vigilante que havia faltado ao trabalho exatamente no dia da chacina também é réu nos autos. Ele teria se ausentado com intuito de facilitar a execução dos homicídio. A polícia ainda tenta identificar o mandante.

Uma testemunha que ouviu os disparos e correu para a janela disse que o suposto assassino já matou outras pessoas e acrescentou que ele sempre andava com ´carrões e motos esportivas´.

Em depoimento, uma outra testemunha de um outro inquérito atribuiu a milícia que seria chefiada por um PM o cometimento de outros cinco homicídios ocorridos na cidade de Maricá, entre eles a de um homem conhecido como Fábio Lacraia, morto em 2015, do qual o suposto matador dos cinco jovens responde a processo.