A vereadora Vera Lins (PP), presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara municipal, apresentou nesta terça-feira (14), ao Ministério Público pedido de afastamento cautelar e investigação do presidente da Cedae, Hélio Cabral, por conta da crise de abastecimento e qualidade da água distribuída no Rio de Janeiro.
"Não descansaremos até que uma estratégia de gestão de crise seja apresentada pelo órgão e um relatório com clareza sobre os reais danos que o consumo desta água pode causar", disse a vereadora.
A Cedae teme retaliações contra o presidente Hélio Cabral. A companhia chegou a encomendar um veículo blindado para conduzi-lo. O aluguel do carro terá o custo de R$ 311.900 por dois anos. A alegação é a de que a medida é preventiva. Por ser um dirigente de grande visibilidade, o diretor-presidente teve que demitir funcionários com décadas de atuação na empresa.
Fiocruz desmente
Circula nas redes sociais um áudio sobre uma suposta análise da água feita pela Fiocruz em que a Fundação alerta a população para os riscos do consumo da água. Em nota, a Fundação Oswaldo Cruz nega que tenha feito qualquer análise do produto da Cedae:
"A Fiocruz informa que esse áudio não corresponde a um posicionamento da instituição. Até o presente momento, não foi realizada qualquer análise de amostra de água pela Fiocruz.", diz a nota.
Alertada para o perigo de contaminação, a população carioca aumentou o consumo de água mineral. Com a procura, os preços subiram. Uma garrafa de 1,5 l, que era vendida a R$ 1,89, hoje é encontrada a R$ 4,99.
"Faço um apelo aos comerciantes para que não se aproveitem desta situação para aumentar os preços da água neste momento", disse a vereadora Vera Lins.