Os canudinhos de plástico viraram um problema para o meio ambiente e os comerciantes do Rio de Janeiro. Com a sanção, pelo Prefeito Marcelo Crivella, da Lei do Vereador Jairinho, que obriga o uso dos canudos de papel, os donos de bares, restaurantes e quiosques vêm encontrando problemas para a compra do material. A falta dos canudos recicláveis nas lojas e o alto preço do item têm sido alguns dos motivos alegados.
O projeto legislativo, sancionado no dia (6), prevê que os locais que descumprirem a lei estarão sujeitos à multa de R$ 3 mil, podendo chegar a R$ 6 mil, em caso de reincidência.
Verônica Fontes,gerente do Páru, restaurante nipo-peruano,argumenta que os fornecedores com quem trabalha têm a opção dos canudos de papel, mas, por serem bem mais caros, acabam aumentando o custo para o local.
Milene Tiellet, nutricionista e sócia da Alimentar Consultoria, empresa que presta assessoria para estabelecimentos alimentares, afirma que não há quem discorde de que mudanças como esta devem ser feitas a favor do meio ambiente, mas a dificuldade de encontrar fornecedores com preços acessíveis também é uma questão problemática. Segundo Milene, um pacote de canudos plásticos descartáveis, com 500 unidades, custa entre R$12,00e R$15,00,enquanto um pacote de canudos biodegradáveis, com 400 unidades, fica em torno de R$80,00.
Os funcionários da vigilância sanitária estiveram, na última quinta-feira (19), fiscalizando e orientando os donos de bares e restaurantes sobre a nova legislação.
A marca Starbucks anunciou publicamente, antes da medida, que até 2020 todas as lojas da rede deixarão de usar os canudos de plástico.
Oscanudos de plásticorepresentam hoje 4% do lixo plástico produzido no planeta e, como são feitos de polipropileno e poliestireno, não são biodegradáveis, o que significa que podem levar até mil anos para se decomporem no meio ambiente