A Secretaria Estadual de Saúde confirmou na manhã desta quinta-feira (12) o primeiro caso de transmissão local do coronavírus. Os pacientes infectados são um homem, de 72 anos, da cidade do Rio de Janeiro, que não esteve em países já afetados pelo vírus e a esposa dele, de 68 anos, também testou positivo para doença. O casal de idosos está em isolamento domiciliar e apresenta estado de saúde estável.
Com isso, subiu para 15 o número de casos do COVID-19 confirmados, sendo 12 na capital e os outros dois em Niterói e Barra Mansa. Na noite de quinta, foi confirmado mais um caso, uma mulher de 28 anos que voltava de viagem à Itália e foi atendida em um hospital particular. O Estado ainda acompanha 88 suspeitos.
Agora, o Estado passará para o nível 1 do Plano de Contingência, ou seja, os hospitais municipais, estaduais e federais devem disponibilizar leitos exclusivos para tratamento de pessoas infectadas pelo vírus.
"Este é o primeiro caso no estado de paciente que não esteve em países com transmissão comunitária. Como já havia alertado, estávamos esperando que isso acontecesse em breve. No entanto, ressalto que não há motivo para pânico", alerta o secretário de Estado de Saúde, Edmar Santos.
Medidas de prevenção
- Proteger nariz e boca ao espirrar ou tossir;
- Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres e copos;
- Lavar frequentemente as mãos, especialmente após espirrar ou tossir;
- Utilizar álcool em gel nas mãos.
Enfrentamento
O Governo do Estado publicou um decreto na quarta-feira (11) para enfrentamento emergencial do coronavírus. O documento permite a interação compulsória de pacientes infectado e, entre outros, pontos determina que os órgãos de saúde "devem adotar medidas judiciais cabíveis", em casos de reclusão do paciente contagiado pelo vírus.
Plano de contingência
No mês passado, a Secretaria de Estado de Saúde elaborou e definiu um plano de contingência para enfrentar uma possível epidemia de coronavírus no Estado do Rio.
O plano tem a intenção de sistematizar ações e procedimentos de responsabilidade da esfera estadual de governo. Os demais níveis de acionamento (um, dois e três) são organizados de acordo com parâmetros epidemiológicos, como números de casos.
O primeiro objetivo estratégico do plano de contingência é intensificar medidas de segurança para conter a transmissão humano a humano, incluindo as infecções secundárias entre pessoas próximas e profissionais de saúde.
Caso uma pessoa apresente sintomas e sinais de doenças respiratórias, ela será identificada imediatamente, isolada e atendida da forma como preconizam a OMS e o Ministério da Saúde.
Os níveis
- Nível Zero – Casos importados notificados ou confirmados.
- Nível 1 – Transmissão local de coronavírus no estado do Rio de Janeiro.
- Nível 2 – Transmissão comunitária, que ativará outros leitos para assistência de casos graves.
- Nível 3 – Quando as ações e atividades orientadas para serem realizadas no nível 2 de ativação forem insuficientes como medidas de controle e para a organização da rede de atenção na resposta. Caso o surto chegue a esse nível, além de todas as unidades citadas anteriormente, será criado pela Secretaria de Estado de Saúde um hospital de campanha e as Forças Armadas serão acionadas. Haverá ainda a utilização de leitos em unidades especializadas, com a suspensão de cirurgias eletivas.