Com irreverência e bom humor, Kaique Brito conquista fãs nas redes sociais

No Instagram, ele tem mais de 80 mil seguidores. No Twitter, são 147 mil. Já no Tik Tok, os números ultrapassam 33 mil fãs. Entre os nomes que curtem, seguem e compartilham seus vídeos estão o diretor de cinema Kléber Mendonça Filho, a jornalista Natuza Nery e o humorista Bruno Mazzeo. Sua ousadia viralizou. Por isso, provavelmente, quem costuma navegar na internet já assistiu as sátiras do adolescente soteropolitano que, com sarcasmo e muita irreverência, vem se destacando nas redes sociais.

Apesar de jovem, Kaique Brito, 15, já sabe muito bem que é possivel fazer rir, sem ofender ou cair na mesmice. Embora seja despretensiosa, essa é uma tática que tem dado certo. Em breve, Salvador pode ficar pequena demais para o menino que ainda tem algumas dúvidas sobre o que quer ser daqui uns anos. Entretanto, para seus admiradores, uma coisa é certa: o garoto é prodígio e tem talento para o humor.

Ao portal Eu,Rio!, Kaique contou que começou a fazer vídeos com temas políticos em junho de 2019. Segundo ele, desde o primeiro conteúdo, a resposta do público foi positiva e o engajamento surpreendente.

"Em 2014, comecei a gravar vídeos nos aplicativos, mas eram dublagens com uma temática diferente. Normalmente, eu dublava músicas. Quando gravei no estilo que faço hoje, deu muito certo", contou.

Ele também falou das suas inspirações e o porquê de ter escolhido uma abordagem mais próxima dos temas políticos e sociais.

"Eu vi um vídeo de uma menina no Twitter falando sobre racismo reverso. Achei bem engraçado e perguntei aos meus amigos se seria interessante gravar algo do tipo. Eles acharam que sim. Então, eu fiz e acabou fazendo sucesso. Foi aí, que percebi que meu público era esse e bem parecido comigo. O tema é sempre aquilo que gosto de falar e a inspiração é baseada nos formatos dos conteúdos produzidos no Tik Tok", explicou.

Comumente, abordando questões que envolvem figuras do cenário político brasileiro, Kaique ainda comentou que não tem um posicionamento definido, mas sabe o que não aprova.

"Eu não entendo muito sobre determinados assuntos que envolvem economia ou gestão pública, mas me posiciono contra aquilo que acho errado, tipo o machismo e a homofobia. O nosso presidente, por exemplo, representa bem tudo isso. Inclusive, quando vejo alguém falando alguma besteira relacionada a essas questões, me inspiro para fazer algum vídeo. Já dá logo vontade de gravar", revelou.

Responsável pela produção e montagem dos seus conteúdos, o adolescente se diz surpreso com o alcance que tem tido no ambiente virtual e, principalmente, com a presença de famosos em sua lista de seguidores. Mesmo assim, ele não permite que a autocobrança atrapalhe a criatividade.

"Eu produzo porque o público gosta e eu também. Ainda continuo gravando vídeos mais leves. Acho incrível ver que pessoas que sempre admirei, agora, também me admiram. Fico feliz e motivado. É para eles e pensando no público com esse perfil que desejo continuar mostrando minhas ideias. Contudo, evito ficar me cobrando.Já até andei meio neurótico, pensando em produzir mais coisas, mas hoje deixo fluir. Tudo acontece naturalmente", ressaltou.

A menoridade não permite voos maiores, mas o criador de vídeos diz que, apesar da paixão pelos números, é a comunicação que lhe chama a atenção quando o assunto é formação profissional. Desse modo, é inevitável pensar que a proximidade com o audiovisual esteja lhe influenciando bastante nas futuras escolhas.

"O tempo me fez perceber que tenho vocação para a comunicação. Ultimamente, fico na dúvida entre publicidade e relações públicas. Ainda dá tempo decidir. Por enquanto, gosto muito do que faço e tenho o apoio da finha família", adiantou Kaique.

Neide Brito, mãe do "fado sensanto", confessou que se sente orgulhosa e feliz com a repercussão do trabalho desenvolvido pelo filho.

"Fico feliz e orgulhosa com o sucesso e o reconhecimento do trabalho dele. Por ser tão jovem, ele consegue encantar as pessoas com o senso crítico e com a inteligência. Ele consegue desconstruir a ideia de que jovens só falam bobagens. Saber que ele é considerado "gênio", "fado sensato", me enche de orgulho e me faz ter fé e acreditar nas próximas gerações", destacou.