O Ministério da Saúde, com o slogan "amamentação é a base da vida", promove a Semana da Campanha Nacional de Amamentação, que vai de 1 a 7 de agosto, e visa a importância do leite materno para o desenvolvimento das crianças até dois anos de idade, e em caráter exclusivo, até os seis meses de vida. A amamentação reduz em 13% a morte de crianças menores de cinco anos por causas evitáveis e diminui casos de diarreia, infecções respiratórias, hipertensão, colesterol alto, diabetes e obesidade.
O Brasil tem o tema do aleitamento materno como uma agenda prioritária, investe em ações de saúde pública para garantir uma melhor assistência às mães e bebês, inclusive na regulamentação de leis que promovem e protegem o aleitamento materno.
Uma das principais iniciativas do Ministério da Saúde é incentivar empresas, públicas e privadas, a criarem salas de apoio à amamentação. Atualmente, o país possui 216 salas certificadas pelo Ministério da Saúde em todo o país, em instituições públicas e privadas, com capacidade de beneficiar cerca de 140 mil mulheres. A ação surgiu em 2010, com o objetivo de apoiar a mulher que retorna da licença-maternidade e deseja continuar amamentando o filho. As Salas de Apoio à Amamentação são locais simples e de baixo custo para as empresas, onde a mulher pode retirar o leite durante a jornada de trabalho e armazená-lo corretamente para que ao final do expediente possa levá-lo para casa e oferece-lo ao bebê.
Empresas em todo o mundo ampliaram a licença maternidade para mães e pais poderem cuidar de seus bebês. No Brasil, o que vale é a Constituição de 1988: o pai tem direito a cinco dias de licença paternidade e a mãe tem direito a 120 dias (4 meses).
O grupo Boticário e Finep são empresas que se destacam no assunto amamentação. Ambas já ganharam o prêmio "Mulher Trabalhadora que Amamenta" , concedido pelo Ministério da Saúde, para as empresas que adotam três medidas: licença de seis meses, apoio à amamentação e creche no local de trabalho ou auxílio-creche. A implementação gera um custo alto para a empresa, mas reflete uma conquista.
Segundo o Ministério da Saúde, amamentar é muito mais do que nutrir a criança. É um processo que envolve interação profunda entre mãe e filho e o seu desenvolvimento cognitivo e emocional. A amamentação deve ser prazerosa e a melhor posição para amamentar é aquela em que a mãe e o bebê se sentem confortáveis. Cada bebê tem seu próprio ritmo para mamar e deve ser respeitado.
A médica Juliana Diniz, 33 anos, afirma ter dado peito aos seus dois filhos em caráter exclusivo até os seis meses de idade, embora a sua primeira filha, Mariah, tenha mamado no peito até os 3 anos." Antônio, hoje com 10 meses, além da comida com pouco sal e sem açúcar, o leite que consome é somente o materno". A mãe de Antônio explica "não tive nenhuma dificuldade para amamentar, incentivo as minhas amigas, dou de mamar a qualquer hora e em qualquer lugar. É um ato lindo, não tem que ter vergonha".
Já a professora Alessandra Rosa da Silva, 33, teve Enzo Gabriel na Maternidade Pública Maria Amélia, no centro do RJ. Ela conta, que a própria pediatra da maternidade, a orientou a usar um bico de silicone em cima do mamilo machucado." Assim, a boca do bebê não entrava em contato com o mamilo e eu podia dar o peito enquanto cicatrizava", explica Alessandra.
O Banco de Leite Humano do Núcleo Perinatal do Hospital Pedro Ernesto aceita doação de leite materno, doação de pote de vidro com tampa de plástico e de pote de sorvete, este serve para acondicionar o gelo reciclável e o pote de vidro no momento da ordenha, acrescenta a agente administrativa, Sheila Figueiredo. O Banco de Leite também faz coleta domiciliar. O endereço é na Rua Professor Manoel de Abreu, 500, Vila Isabel, Rio de Janeiro. O horário de funcionamento é de domingo a sábado e o telefone para contato é 21-2868-8208.