Na presença de mais de mil militantes e correligionários, que lotaram na manhã deste sábado o Clube Municipal, na Tijuca, o Podemos fluminense homologou a candidatura do senador Romário ao Governo do Estado do Rio, tendo o deputado federal Marcelo Delaroli (PR) como vice e o deputado federal Miro Teixeira (Rede) como candidato ao Senado, completando a chapa majoritária na coligação “Pra o Rio virar o jogo”.
“Eu nasci de uma família pobre no bairro do Jacarezinho, no Rio e fui jogador de futebol durante vinte e cinco anos. Quem me levou para a política foi a minha filha Ivy, que nasceu com Síndrome de Down. Eu conheci outras crianças com a mesma doença dela e outras famílias. Resolvi lutar por elas. Apoiei alguns políticos e todos me decepcionaram. Então, aprendi que eu não poderia esperar que fizessem algo. Eu tinha que fazer. Sei que vamos enfrentar uma campanha difícil. Há três meses estavam dizendo que eu não vinha. Eu não sou o mais inteligente, Posso não ser o mais capacitado nem o mais experiente. Em relação à experiência não sou e nem quero ser, muito menos quero ter essa experiência que eles (outros candidatos) dizem que tem, porque muitos deles estão presos, outros estão para ser. Essa experiência deles não me serve. Sou de origem humilde e conheço as dificuldades que o povo passa”, contou Romário.
O candidato do Podemos disse que conhece bem os problemas da população fluminense. “Já andei os 22 municípios e presenciei os problemas da população. Sou o cara que vai ter coragem de fazer, que vai consertar o que está errado. Eles (referindo-se ao grupo do pré-candidato do DEM, Eduardo Paes), não. Estão comprometidos e há vinte anos no poder. A gente não tem rabo preso com ninguém. Se eleito, vou escolher uma verdadeira seleção para trabalhar comigo e me ajudar a governar. Como o economista Guilherme Mercês, da Firjan, para ser o meu secretário de Fazenda”, citou o senador.
Sobre Delaroli, o Baixinho (como ele era conhecido no futebol) afirmou: “O Marcelo é policial militar e conhece bem os problemas da segurança pública. Eu e ele somos guerreiros, trabalhadores e honestos. Um cara que merece o meu respeito e o da população”, elogiou.
Já o vice de Romário declarou estar à vontade em acompanhar um candidato que quer tirar o estado da crise em que se encontra. “Quando eu era garoto e frequentava a escolinha do Flamengo, uma vez vi o Romário entrar e disse para mim mesmo que um dia eu jogaria com ele. O destino não quis que fosse no futebol, mas, na política. Eu não poderia estar com os outros, que quebraram o estado do Rio”, declarou, referindo-se ao Paes, de quem quase foi vice até recentemente.
“O Romário assumiu compromisso de investir em segurança pública, melhorar a situação das finanças públicas e enxugar a máquina administrativa. Ele tem vontade de mudar”, acrescentou Delaroli.
Romário tem 52 anos e é ex-jogador de futebol. Em 2010, filiado ao Partido Socialista Brasileiro (PSB), foi eleito deputado federal pelo estado do Rio como o sexto candidato mais votado. Ele exerceu o mandato de 2011 a 2014 e, no fim do mesmo ano, foi eleito senador. Em junho de 2017, Romário deixou o PSB para se filiar ao Podemos, antigo PTN.
Também presentes, o deputado estadual Bebeto (Podemos), que junto com Romário, ajudou o Brasil a conquistar o tetracampeonato mundial de futebol em 1994; o deputado federal Altineu Côrtes (PR); o representante da Rede, Márcio Guimarães; o deputado federal Ezequiel Teixeira (Podemos), entre outros.