Um vazamento de água está atrapalhando a quarentena de moradores dos bairros do Estácio, Cidade Nova, Rio Comprido e Praça da Bandeira há três dias. De acordo com o engenheiro Sandro Gomes, morador da rua Joaquim Palhares, o prejuízo para os moradores da localidade é financeiro e pode causar até problemas de saúde, já que o vazamento da Cedae ocasionou o desabastecimento do gás encanado de várias casas e prédios.
"Eu e minha esposa não temos microondas e, por isso, estamos precisamos comprar comida por delivery para poder fazer uma refeição saudável. Nestes três dias gastamos aproximadamente R$ 185 para almoçar, e isso porque estamos procurando lugares mais baratos. São três dias sem gás e, como o gasto é grande, estamos lanchando à noite para tentar economizar o que dá, afinal, esse não é um momento para gastos desnecessários. Além disso, ainda tem a possibilidade de contaminação através das entregas ou de saírmos para comprar outras mantimentos. Não estávamos preparados para ficar três dias sem o serviço. Eu estou realmente indignado! Graças a Deus, eu tenho condições financeiras de arcar com esse custo agora, mas e quem não tem? Sou apenas uma das milhares de pessoas que moram na região", reclama Sandro.
A jornalista Aline Pessanha, moradora da rua Doze de Dezembro, na Praça da Bandeira, também observou a falta do serviço. "Eu uso botijão, mas e quem tem gás encanado? Vários vizinhos meus reclamaram nos últimos dias!", contou Aline.
Segundo a Naturgy, a falta de gás nestes bairros foi resultado de uma entrada de água na rede de gás da região. "O local da infiltração já foi localizado e equipes de campo e técnicos trabalham no local para restabelecer o abastecimento", disse a empresa.
Já a Cedae divulgou que também está trabalhando para reparar o vazamento na região. "Funcionários da empresa estão no local drenando a água para terminar o reparo com a consequente retomada da distribuição do gás", informou a empresa. No entanto, a previsão do término do reparo era na tarde de ontem (20). Mesmo questionadas, as duas empresas continuam sem dar uma nova previsão aos moradores, que seguem sem o serviço.