Movimentos pela aceitação de obesos estão encontrando maneiras para combater a discriminação e perseguiçãoàs pessoas acima do peso padrão,convencionado pela sociedade.Concursos de beleza plus size, lojas especializadas no segmento, além de campanhas de conscientização,fazem a diferença,na aceitação da condição física avantajada.Sendo que o movimento contrário,aindaémuito maior.E de certa forma,órgãos públicos de saúde e campanhas, ajudam nesse crescimento,jáque médicos e especialistas apontam o excesso de peso, como um risco a saúde.
No dia 31 de agosto, o Grupo de Apoio ao Portador de Obesidade Mórbida (G.A.P.O.M), apresenta, no Medical Shering,em São Conrado, a partir das 14h, um novo projeto que tem intenção de promover maior qualidade de vida e inclusão para as pessoas que sofrem de obesidade. O G.A.P.O.M quer oferecer atendimento psicológico e terapias especializadas para essas pessoas.
A obesidade aindaéconsiderada doença, mesmo com estudos recentes, realizados por profissionais da Universidade de Los Angeles (Ucla), comprovando que o excesso de peso isoladamente, medido peloíndice de massa corpórea (IMC),não estáestritamente relacionado com a falta de saúde. O padrão IMC, obtido por meio da relação entre altura e peso, não leva em consideração taxas de colesterol,triglicerideos, hormônios e etc. Dessa forma, um indivíduo pode estar acima do peso, mas ser saudável. Assim como, um cidadão magro pode estar doente.
Gordofobiaéo termo que define a aversão ao obeso
"As pessoas acham que os gordinhos não podem ser felizes, amados,bonitos e elegantes,apenas por não estarem dentro de regras impostas por uma sociedade injusta e cruel, valorizando somente a aparência",relata Luciane Russo, do site Garotas Formosas.E finaliza "cuide do seu corpo, mas cuide muito mais da sua alma, pois quando vocênão estiver mais aqui,pouco importa o seu peso".Na semana passada, a novela Malhaçãoteve o tema Tolerânciacomo foco principal, abordando gênero,transtorno de imagem,sexualidade e, também, gordofobia.Éimportante,mesmo que o assunto seja tratado a partir da adolescência,pois, "émuito comum jovens, a partir de 13 anos, sofrendo de ansiedade ou transtornos alimentares,como bulimia, anorexia, por se acharem gordos e fora do padrão de beleza,estabelecido pela mídia e pela sociedade", relata a psicóloga Gabriela Santos.
O sobrepeso nãoénecessariamente resultado de comida em excesso ou falta de atividades físicas. Outros fatores como: desequilíbrio hormonal,, qualidade do sonomedicamentos e a genética, influenciam a facilidade do acúmulo de gordura no corpo de uns e não de outros.
O assuntoétão polêmico que a Netflix, após veicular um trailler da nova série"Insatiable", recebeu uma enxurrada de críticas e atéuma petição com mais de 200 mil assinaturas, exigindo o cancelamento da mesma, por gordofobia.A sérieéuma comédia de humor negro sobre uma adolescente que sofre bullyng,devido ao seu excesso de peso. Mas a vida muda após levar um soco, ficando com a mandíbula fechada por semanas, e se ver subitamente magra.Sendo assim, considerada por muitos como uma forma de promover o "envergonhamento do corpo". A estréia estámarcada para sexta-feira, dia 10.
Para Deborah Bonifácio, 32 anos, gordinha assumida e bem resolvida,"ter autoconfiança e parar de se preocupar com a opinião dos outroséminha maneira de lidar com a pressão social". Nãoétarefa fácil, mas entender a causa do corpo fora do padrão ou compartilhar experiências,pode ser uma boa sugestão".