Xuxa Meneghel criticou o novo ministro da Educação, Milton Ribeiro, em publicação no Instagram. A apresentadora compartilhou um vídeo do pastor defendendo uso de violência em crianças durante uma pregação na Igreja Presbiteriana Jardim de Oração há 4 anos atrás e viralizou após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nomeá-lo para a chefia do Ministério da Educação (MEC).
"Quando eu penso que tá ruim … consegue ficar pior!!! Se educação tem a ver com rigor, com dor, as cadeias estariam cheias de gênios, alguém por favor me diga que eu entendi errado, que nós mães, mulheres, filhas, seres humanos, demoramos pra descobrir que para educar não se deve usar a dor e sim a EDUCAÇÃO, o EXEMPLO, a conversa, o AMOR!!!”, disse Xuxa
De acordo com o ministro da Educação, a “correção dos filhos não ocorrerá por meios justos e métodos suaves”. Para Milton Ribeiro, esse tipo de abordagem surtiria efeito apenas em crianças mais desenvolvidas, ou superdotadas.
A apresentadora ainda ressaltou que “já foi a época que um ser humano pra ser ‘corrigido’ era colocado no tronco (vergonhoso), ajoelhado no milho, palmatória….já foi a época que em nome da educação e de Deus se corrigia alguém com violência”.
Para Xuxa, “uma criança que recebe castigos físicos só pode aprender que violência gera violência. Hoje eu estou com aquela sensação de que crianças que vieram ao mundo pra serem amadas estão sendo desrespeitadas. Deus é amor, se amar é respeitar, onde tem educação, amor e respeito nessas palavras???”, questionou.
Xuxa é contra o uso de violência para educar não é de hoje. Ela adquiriu notoriedade no tema chegando, em 2014, ir ao Sebado defender a aprovação da “Lei da Palmada”, que coíbe ações violentas sob o pretexto da educação.
Os comentários da postagem da loira bombaram, com direito a comentários de Junno, marido de Xuxa, e de Andréia Sorvetão, ex-Paquita (repercussão nas redes sociais no final da matéria).
Apagou a postagem
Depois da enxurrada de críticas que recebeu de políticos e usuários das redes sociais, o pastor presbiteriano Milton Ribeiro, anunciado pelo presidente Jair Bolsonaro como novo ministro da Educação, apagou o vídeo em que defende que a dor deve ser usada para educar crianças. A gravação foi feita em um templo presbiteriano, em abril de 2016, com o título "A Vara da Disciplina". A providência foi inútil, já que cópias do vídeo circulam no YouTube e outras plataformas da internet.
Na peça apagada, Ribeiro explica que "um tapa de um homem ou uma cintada de uma mulher podem ser muito mais fortes que uma criança pode suportar". Em seguida, avisa: "Não estou aqui dando uma aula de espancamento infantil, mas a vara da disciplina não pode ser afastada da nossa casa".
Ele diz que bom resultado "não vai ser obtido por meios justos e métodos suaves". Explica, então, sua receita de disciplina: "Deve haver rigor, desculpe, severidade. E vou dar um passo a mais, talvez algumas mães até fiquem com raiva de mim: devem sentir dor".
O novo ministro da Educação também retirou do YouTube a gravação em que dizia que o pai tem que impor à família a sua vontade.
Ainda continua acessível, porém, a gravação do programa Ação e Reação, de 2013, em que Ribeiro comenta um feminicídio e atribui o crime a uma louca paixão. "Acho que esse homem foi acometido de uma loucura mesmo e confundiu paixão com amor. São coisas totalmente diferentes. Ele, naturalmente movido por paixão, paixão é louca mesmo, ele então entrou, cometeu esse ato louco, marcando a vida dele, marcando a vida de toda família".
O novo ministro da Educação prossegue, dizendo que a vítima pode ter passado impressão errada ao assassino. "Ela pode ter dado sinais a ele que estava apaixonada ou coisa do tipo e que ela aprendeu, está acostumada a passar, e o cara entendeu assim, só que não era nada daquilo".
Veja a repercussão da postagem de Xuxa: