A Secretária de Urbanismo, Fernanda Tejada, recebeu o Coordenador Especial da Diversidade Sexual, Nélio Georgini, e Indianare Siqueira, ativista pelos direitos das pessoas LGBTs e líder da Casa Nem, no espaço de 700 m² que pertence à Secretaria Municipal de Urbanismo (SMU) em Laranjeiras. O prédio, na Rua Pinheiro Machado, foi oferecido pela SMU para acolher os moradores da Casa Nem, edifício em Copacabana que abriga 60 LGBTs em situação de rua e recebeu ordem de reintegração de posse para o dia 24 de agosto.
"É uma satisfação poder contribuir com a causa LGBT e oferecer um espaço que traga dignidade aos moradores da Casa Nem", disse a Secretária de Urbanismo Fernanda Tejada.
A ativista Indianare Siqueira, líder da Casa Nem, aprovou o imóvel. "Depois de quase cinco anos de luta por moradia e direitos humanos, vai ser um prazer estar em um lugar como esse, cedido pela Prefeitura e vizinho da Sociedade Viva Cazuza. O mais importante é garantir que o trabalho social continue e as pessoas não fiquem desabrigadas", comemora ela. "O espaço é maravilhoso e tem tudo para dar certo", acrescenta.
Também participaram da visita a Secretária de Assistência Social e Direitos Humanos, Tia Ju; Caroline Caldas, Superintendente de Políticas LGBTs do Estado do Rio de Janeiro; Eliane Pereira, promotora de Justiça e assessora de Direitos Humanos e Minorias do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro; a defensora pública Letícia Furtado, coordenadora do Núcleo de Defesa dos Direitos Homoafetivos e Diversidade Sexual da Defensoria Pública do Rio de Janeiro; Eliane Oliveira, advogada da Pastoral das Favelas; o advogado André de Paula, da Frente Internacionalista dos Sem Teto (Fist); a atriz Dandara Vital; o assessor da Coordenadoria de Diversidade Sexual Erick Witzel, filho do governador Wilson Witzel; e Lilian Sendin, chefe de gabinete da Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual.
Participantes da visita à futura sede da Casa Nem, em Laranjeiras. Foto: Divulgação
Nélio Georgini, coordenador Especial da Diversidade Sexual, ressalta que vem de muito tempo a luta dos moradores da Casa Nem por um espaço e dignidade. "É uma felicidade ter feito parte da construção desse ideal. Sem o empenho da Secretária de Urbanismo, Fernanda Tejada, e o apoio da Tia Ju, da Assistência Social, não teríamos conseguido viabilizar a possibilidade da cessão de uso de um espaço da prefeitura para essa população vulnerável", afirma ele.
Para Caroline Caldas, Superintendente de Políticas LGBTs do Estado do Rio de Janeiro, é essencial garantir os direitos civis da população LGBT vítima de violência, ainda mais em meio a uma pandemia. "Estamos somando esforços com os membros da sociedade civil, a cúpula da Igreja Católica e da Prefeitura do Rio, para atender a população da Casa Nem, que vive em situação de vulnerabilidade social", observa ela.