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Polarização crescente

Sem Lula, Bolsonaro lidera largada da campanha

Ex-presidente, mesmo preso, mostra força até para dobrar votos em Haddad (PT)


Jair Bolsonaro começa a campanha oficial como o líder no cenário em que Lula não é considerado. Foto: Agência Brasil

A primeira pesquisa presidencial da XP Investimentos/Ipespe divulgada após as convenções partidárias oficializarem as candidaturas em todas as legendas confirmou, no essencial, as tendências dos 12 levantamentos anteriores. O candidato do PSL, Jair Bolsonaro, começa a campanha oficial como o líder no cenário em que Lula não é considerado. O ex-capitão do Exército tem 23% de votos, seguido por Marina Silva, da Rede(11%), Geraldo Alckmin, do PSDB(9%), Ciro Gomes, do PDT(8%) e Fernando Haddad, do PT (7%), o único a crescer acima da margem de erro, em relação à rodada imediatamente anterior.

Bolsonaro não mostra a mesma força quando o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva é incluído na sondagem. Quando Lula é o candidato do PT, hipótese improvável diante da interpretação predominante na cúpula do Judiciário sobre a Lei da Ficha Limpa, o ex-presidente aparece na frente com 31%,seguido por Bolsonaro (20%). Lula apresenta preferência idêntica à da rodada anterior, enquanto o ex-capitão perde um ponto, oscilação dentro da margem de erro.



Fernando Haddad (PT) cresceu 4 pontos percentuais, subindo para 7%. Mais que dobrando o apoio, o petista agora está empatado tecnicamente com Marina, Alckmin e Ciro, seus rivais mais diretos na disputa por uma vaga no segundo turno. Haddad cresce, embora menos, também no cenário em que é identificado como "apoiado por Lula" (de13% a 15%) e em todos os duelos hipotéticos de segundo turno.

Os cenários foram modificados, adicionando mais indicadores. A ordem em que as hipóteses foram lidas para os pesquisados também mudou. O cenário em que Lula é considerado agora vem antes dos outros.

Maioria não acredita que Lula contorne proibição e possa concorrer

Pela primeira vez na sondagem, os eleitores foram perguntados se acreditam que Lula concorrerá à presidência. Uma fatia bem superior à maioria absoluta, de nada menos que 56% dos eleitores dizem que ele não concorre. Parcela minoritária, mas expressiva, de 40%, diz que ele pode concorrer ou certamente concorrerá. Entre os apoiadores de Haddad, 75% acreditam que Lula vai concorrer. O oposto acontece entre os eleitores de Bolsonaro: 76% dizem que Lula está fora.

A divisão se repete quando se questiona a justiça da punição a Lula. Metade dos eleitores diz que Lula deveria ser proibido, enquanto 44% acreditam que ele deveria ser autorizado a concorrer. Mais uma vez, o wishful thinking, a tendência em acreditar no que favorece os próprios desejos, mostra sua força. Eleitores potenciais de candidatos de esquerda mostram-se mais propensos a defender o direito de Lula de concorrer, enquanto 86% dos eleitores de Bolsonaro dizem que ele deveria ser proibido de concorrer.

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