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BRT Rio atrasa 13º e funcionários entram em greve

Consórcio do BRT Rio suspendeu circulação dos ônibus na tarde de segunda-feira (30)

Por Claudio Rangel em 30/11/2020 às 17:57:02

Passageiros encontram estações fechadas no retorno do trabalho Foto: Claudio Rangel

Usuários do Sistema BRT Rio foram pegos de surpresa na tarde desta segunda-feira (30) com a paralisação da operação dos serviços. De acordo com o consórcio, os três corredores (Transoeste, Transcarioca e Transolímpica) estão com suas estaões fechadas.

O consórcio justificou a paralisação alegando que o movimento de greve dos funcionários provocou irregularidades nos intervalos dos ônibus. A direção do consórcio resolveu suspender a circulação dos coletivos.

Já a Prefeitura carioca orienta aos passageiros para que priorizem metrô e as linhas de ônibus comuns, que seguem normalmente.

Um funcionário do BRT Rio que não quis se identificar disse que o motivo da paralização é a falta de pagamento por parte da Concessionária. O BRT disse que a manifestação dos motoristas decorre do parcelamento do 13º salário pelo BRT Rio. Mesmo moivo pelo qual dezenas de motoristas do grupo Redentor cruzaram os braços na manhã de domingo (29), dia do segundo turrno das eleições para prefeito do município.

Em nota, o BRT informa que depositou 20% do décimo terceiro salário dos funcionários nesta segunda-feira. Alega ainda que a dificuldade de pagamento se deve ao colapso financeiro pelo qual o sistema vem passando desde o início da pandemia.

O sindicato dos empregadores negocia com o sindicato dos Rodoviários sobre a necessidade de parcelar o 13° salário da categoria, sob o risco de paralisar as atividades.

Quanto ao restante do pagamento, o consórcio informa que se posicionará dentro de 15 dias. Tudo depende das negociações com a representação dos funcionários. Uma assembleia geral está marcada para esta quarta-feira (2) para deliberar sobre o pagamento.

Culpa da pandemia

Para explicar o motivo do atraso de pagamentos, o BRT tem como causa as medidas restritivas adotadas para o combate à pandemia da Covid-19, que, segundo a nota, causaram perda de receita de R$ 155 milhões de março a outubro.

O consórcio também reclama da falta de reajuste tarifário. O último aumento das passagens tem 22 meses. Outros problemas alegados são a evasão por calotes, a politica de gratuidade e a concorrência do transporte clandestino, além da má conservação das pistas, furtos e vandalismo nas estações.

O BRT se compromete ainda a quitar o 13º salário dos funcionários. Mas condiciona o pagamento a um auxílio ou subsídio das esferas de governo.


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