Em sua terceira edição noRio de Janeiro, oFestival Sai da Rede,noCentro Cultural Banco do Brasil RJ,desembarca com novidades,de 05 a 08 de setembro.Além da seleção habitualda música fresquíssima de novos artistas que vem sendo o fio condutor do festival desde seu início, em 2011,a edição deste ano conta também com a exibição de filmes e bate-papos, ambos dentro do Centro Cultural.
Baco Exu do Blues,Attooxxa,João Brasil,Plutão já foi Planeta,Luedji LunaeAlmériosão os nomes escolhidos para a programação musical deste ano queacontecerão na Praça dos Correios, com curadoria dos pesquisadores de música brasileira e produtores culturais Amanda Menezes (sócia da Tema Eventos Culturais) e Pedro Seiler (um dos integrantes do Queremos!), idealizadores do projeto.
A curadoria de cinema estará sob os olhares de Tatiana Leite, Mariana Amaral e Nina Ribeiro, que selecionaram os filmes"Castanha","Branco Sai,Preto Fica","Contos da Maré","Arábia", longas, e"Pele Suja Minha Carne","A Passagem do Cometa" e"Mate-me Por Favor", curtas.
Já osbate-papos serão comandados peloChoque de Culturae porMulheres na Web, este com as participações deClara Averbuck,Gabi Oliveira(De Pretas) eLuiza Junqueira(Tá querida).
Neste ano, assim como em 2017, o Festival iniciou seu circuito nacional em Brasília e passa pelos CCBB"s de São Paulo (30 e 31/08 e 1º/09), do Rio de Janeiro (05 a 08/09) e se encerra em Belo Horizonte (13 a 16/09).
Como de habitual, todas as atrações selecionadas se destacam por fazerem uso da internet como principal meio de divulgação de seus trabalhos. Nas inúmeras ferramentas e redes disponíveis na web, os artistas do Sai da Rede encontram caminhos de se tornarem conhecidos, muitas vezes de forma espontânea, ora pinçados por pesquisadores e aficionados por novas tendências, ou a partir de estratégias bem elaboradas, porém, sempre de maneira independente.
Assim, o Sai da Rede serve de plataforma para que artistas e propostas culturais, que vem ganhando o mundo com seus incontáveis seguidores, se apresentem ao vivo, uma vez que se encontram ainda um tanto restritos à exposição e performances virtuais em seus canais de vídeo, áudio ou nas redes sociais, à exemplo de artistas como Baiana System, O Terno, Tulipa Ruiz, Marcelo Jeneci, Tiê, Lucas Estrela, Carne Doce, Tássia Reis, As Bahias e a Cozinha Mineira,atrações de edições anteriores, que à época pouco tinham sido vistos ao vivo.
Com uma programação diversificada e formada essencialmente por artistas jovens e politizados, o festival leva ao palco temáticas que estão na ordem do dia, como igualdade de gênero, luta contra o racismo e por igualdade social.
Mais sobre o Sai da Rede
O festival já teve passagens pelos CCBB"s do Rio de Janeiro em 2013 e 2017, de Brasília nos anos de 2011 e 2017, de São Paulo, em 2012 e 2017, e Belo Horizonte, em 2017. Em Salvador, fez uma edição especial na Concha Acústica do Teatro Castro Alves, no ano passado. Ao final deste ano de 2018 e depois de revisitaros quatroCCBB"s, o Sai da Rede chegará à sua 12ª Edição.
Programação
Audiovisual -Cinema
*Quarta, 05 de setembro:
- às 17h: "Pele Suja Minha Carne" e "Branco Sai, Preto Fica"
- às 19h: "Castanha"
*Quinta, 06 de setembro:
- às 15h: "Contos da Maré" e "Arábia"
- às 19h: "A Passagem do Cometa" e "Mate-me Por Favor"
Bate-papos
*Quarta, 05 de setembro-às 15h:- Choque de Cultura
Programa de humor, no formato de uma mesa redonda, em que quatro personagens, um apresentador e três comentaristas - "os maiores nomes do transporte alternativo" ou motoristas de van para os não iniciados - discutem cinema. O programa, que finalizou sua segunda temporada no início deste ano, vai ao ar no Youtube, é produzido pela TV Quase e divulgado no site de entretenimento e cultura pop Omelete. Grande parte dos episódios disponíveis tem cerca de um milhão de visualizações e, apesar da longa pausa (a terceira temporada só volta em dezembro), o Choque de Cultura não deixa de ser assunto na internet e também fora dela: está em centenas de memes que reproduzem bordões dos personagens e também na fantasia dos foliões que foram às ruas no Carnaval deste ano.
Quinta, 06 de setembro:
Às 17h: Mulheres na Web: Clara Averbuck, Gabi Oliveira (De Pretas) e Luiza Junqueira (Tá querida)
Shows:Praça dos Correios - 21h
Sexta, 07 de setembro
- Baco Exu do Blues
Baco Exu do Blues, projeto do rapper baiano Diogo Moncorvo, vem carregado de um tom provocador e um leve escárnio em tudo que canta.
Em setembro de 2017 lançou o seu primeiro disco solo, "Esú", indicado ao Troféu APCA 2017 nas categorias Artista Revelação, Música do Ano e Disco do ano. "Te amo disgraça", uma das canções do álbum, foi laureada como a Melhor Música de Rap pelo site Genius, através do Prêmio Genius Brasil de Música 2017.
O álbum constrói uma ponte entre fé, morte, amor, literatura (como nas citações aos escritores Jorge Amado, Machado de Assis e Mário de Andrade), fotografia (com inspirações no artista baiano Mario Cravo Jr.) e cinema (como em canção homônima ao sci-fi de Pedro Almodóvar, "A Pele que Habito").
- ATTOOXXÁ
Depois do Baiana System, atração do Sai da Rede em 2013, ÀTTØØXXÁ é a atual revelação da música baiana. "Nossa missão é juntar a música periférica da Bahia ao que tem sido mais consumido pela música pop hoje, que é o eletrônico", conta o DJ e produtor Rafa Dias, fundador do projeto. Nascido em Paulo Afonso, a cerca de 500 km de Salvador, Dias pensou, inicialmente, em criar o ÀTTØØXXÁ para dar uma nova cara ao arrocha, misturando com o dubstep (uma das vertentes mais pesadas da música eletrônica). Há um ano e meio, o projeto ganhou nova forma: virou banda com a vinda de Osmar Oz (bateria e voz), Raoni Knalha (voz) e Wallace Chibata (guitarra) e passou a abranger o pagodão e o samba.
"#BLVCKBVNG" é o nome do álbum de estreia e "Elas gostam", de seu repertório, caiu de vez no gosto popular quandoMárcio Victor, líder do grupo Psirico e um dos maiores hitmakers da Bahia, a regravou com a banda, mexendo em alguns versos da letra e adicionando a sua percussão característica. A nova versão, "Elas gostam (Popa da bunda)", foi eleita pela Pesquisa Bahia Folia como a música do carnaval baiano de 2018.
- João Brasil
Produtor musical e DJ carioca, João Brasil funde facetas que poucas vezes se encontram no Brasil: formado em música pelo Berklee College of Music, em Nova York, é, há anos, um entusiasta e divulgador do funk e outros rirmos da cultura popular.
Em 2008 lançou seu primeiro disco, "8 Hits", pela Som Livre, de onde saiu seu primeiro hit: "Baranga", que virou tema do programa Mucho Macho, do apresentador Marcos Mion na MTV, o que o levou a se apresentar no Domingão do Faustão - de roupão, meia e chinelos, com o deboche que lhe é peculiar.
Em 2009 foi a Londres fazer um mestrado na Middlesex University, onde criou o projeto "365 mashups", em que produziu um mashup por dia durante o período de um ano. De volta ao Brasil em 2011, é um dos dois criadores do projeto carioca de house music Rio Shock, que estourou o hit "Moleque Transante", lançado pela Som Livre em 2014 e batendo a marca de um milhão de views no youtube.
Em 2016 assinou com a Sony Music, lançando o EP "#NuncaMaisEuVouDormir", de onde saiu mais um sucesso: "Michael Douglas", hit no verão e carnaval de 2017. Foi uma das atrações da tenda eletrônica do Rock in Rio Lisboa, também no ano passado.
Sábado, 08 de setembro
- Plutão já foi Planeta
Atração do festival Lolapalooza 2018, em março, em São Paulo, a banda Plutão já foi Planeta nasceu em Natal, no Rio Grande do Norte.
Seus integrantes, Natália Noronha (voz, violão, teclado e baixo); Gustavo Arruda (voz, guitarra e baixo); Sapulha Campos (voz, guitarra, ukulele e escaleta), Vitória De Santi (baixo e teclado) e Renato Lelis (bateria), começaram a tocar juntos em 2013. No ano seguinte, lançaram o primeiro trabalho de estúdio, "Daqui Pra Lá". Com o disco, levaram seu indie-pop a festivais por todo o país, como Bananada (GO), DoSol (RN), MADA (RN), e Rolling Stone (SP), e ganharam prêmios como o Troféu Cultura e Prêmio Hangar de Música.
Em 2016, foram vice-campeões do reality show "SuperStar", da Rede Globo. Em março do mesmo ano lançaram o segundo álbum, "A última palavra feche a porta", em parceria com o selo Slap, da Som Livre, e produção musical de Gustavo Ruiz (Tulipa Ruiz e Trupe Chá de Boldo). Maria Gadú e Liniker fazem participação especial em "Duas" e "Insone", respectivamente.
- Luedji Luna
"Um corpo no mundo" é o nome do disco de estreia da baiana Luedji Luna, gravado através de financiamento coletivo e lançado em outubro do ano passado, angariando elogios pela sua sonoridade elegante, que mescla ritmos afro-brasileiros a jazz e blues emoldurados por uma belíssima voz e poética privilegiada.
Filha de professores e ativistas do movimento negro baiano, Luedji Luna faz de seu canto um ferramenta lírica de posicionamento sobre o mundo. Foi membro do Bando Cumatê, coletivo que visa pesquisar e difundir manifestações artísticas tradicionais da cultura brasileira,e é cofundadora do Palavra Preta, mostra que reúne compositoras e poetas negras de todo o Brasil.
Antes mesmo de lançar o álbum a cantora e compositora recebeu três indicações ao Prêmio Caymmi de Música, que fomenta novos talentos no estado da Bahia, assim como o Prêmio Afro. Desde 2015, reside em São Paulo e vem participando de projeto audiovisuais como o Balcony TV, e, mais atualmente, do Sofar Sound.
Seu próximo disco será produzido pelo sueco Sebastina Notini, produtor dos dois últimos discos de Tiganá Santana e do aclamado "Mama Kalunga", da também baiana Virgínia Rodrigues, com previsão de lançamento em 2019.
- Almério
O show em conjunto com Jonhy Hooker e Liniker no Palco Sunset, do Rock in Rio 2017, entrega: Almério é, inegavelmente, uma das revelações da música brasileira atual. Não à toa acabou de ganhar o 29º do Prêmio da Música Brasileira como artista revelação Petrobras.
Com timbre andrógino que remete à linhagem de cantores descendentes da voz matricial de Ney Matogrosso, como Filipe Catto e João Fênix, o cantor e compositor pernambucano Almério é natural de Altinho e iniciou sua carreira de cantor e ator em Caruaru, em 2003, o que confere aos seus espetáculos musicais um lado performativo e moderno.
Seu primeiro álbum "Almério" foi lançado em 2013, o que lhe rendeu o Troféu Catavento 2014, da Rádio Cultura. Mas foi com "Desempena", o segundo disco, lançado em 2017 e gravado com o Prêmio Natura que sua música ganhou ares mais amplos.
As letras, originais ou de outros autores, falam sobre temas diversos, como relacionamentos, vazio existencial, lascívia, o bem e o mal, mostrando sua inquietação diante do mundo turbulento que o cerca.
Além do Rock in Rio, em 2017, Almério abriu, no Rio de Janeiro, o show "O Grande Encontro", de Alceu Valença, Elba Ramalho e Geraldo Azevedo, e dividiu o palco com a cantora Mariene de Castro num show dirigido por Zé Mauricio Machline. Em julho, foi uma das atrações escaladas para o Festival Mimo em Portugal.
Serviço
Patrocínio: BANCO DO BRASIL
FestivalSai da Rede2018
Local:CCBB Rio de Janeiro
Endereço:Rua Primeiro de Março, 66, Centro - Tel: 3808-2020
Programação:
Cinema
*Quarta, 05 de setembro:"Pele Suja Minha Carne e Branco Sai, Preto Fica", às 17h, e "Castanha", às 19h
*Quinta, 06 de setembro: "Contos da Maré" e "Arábia", às 15h, e "A Passagem do Cometa" e "Mate-me Por Favor", às 19h
Bate-papos
*Quarta, 05 de setembro:Choque de Cultura,às 15h
*Quinta 06 de setembro: Mulheres na Web, às 17h: com Clara Averbuck, Gabi Oliveira (De Pretas) e Luiza Junqueira (Tá querida)
Shows- Praça dos Correios, às 21h
*Sexta, 07 de setembro:"Baco Exu do Blues", "Attoxxa" e "João Brasil"
*Sábado, 08 de setembro:"Plutão já foi Planeta", "Luedji Luna" e "Almério"
Ingressos:R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia para clientes e funcionários do BB, estudantes, maiores de 60 anos, pessoas com deficiência e jovens entre 19 e 25 anos, comprovadamente carentes)
Os ingressos começam a serem vendidos dia 27/08na bilheteria do CCBB de quarta a segunda, das 9h às 21h ou pelo sitewww.eventim.com.br
Classificação indicativa:12 anos
Acesso para pessoas com necessidades especiais