Apontado como o maior defensor do motociclismo do Estado do Rio nas últimas três décadas, Aloísio César Braz morreu nesta terça-feira (29), aos 68 anos, no Rio. Ele era presidente, há 30 anos, da Associação dos Motociclistas do Estado do Rio (AM0-RJ). Aloisio morreu vítima de problemas cardíacos. Ele estava internado há duas semanas. Foi sepultado no cemitério Alto dos Passos, em Resende, sua cidade natal.
Como presidente da AMO-RJ, Aloisio esteve à frente de lutas que resultaram em várias leis que beneficiavam os motociclistas, inclusive isenção de pedágio na Linha Amarela. Ele também foi um dos pioneiros na organização dos encontros de motociclistas, que movimentam o turismo regional no interior do Rio.
Presidente do Grupo ACB-Consultores Associados, Aloisio foi pai há quatro meses.
- Ele era apaixonado pelo filho Guilherme e pelas motocicletas. Lutou até a última batida do seu coração – contou a viúva, Tânia Oliveira.
O secretário estadual de Turismo, Gustavo Tutuca, lamentou o falecimento do líder do motociclismo estadual:
- O Aloisio nos deixa num momento em que estamos reconhecendo e incentivando os encontros de motociclistas, que levam entretenimento e movimentam a economia das nossas cidades. E devemos muito ao esforço do Aloisio ao longo de três décadas. Nos eventos apoiados pelo estado em 2021, vamos prestar as devidas homenagens ao Aloisio – anunciou o secretário.
Filho de radialista, Aloisio também gostava do Carnaval. Em Resende, ele criou há nove anos o baile Resende Saudade, que só não aconteceu neste ano por causa da pandemia do coronavírus
- O Estado do Rio hoje é referência no motociclismo nacional graças a Aloisio Braz. Ele sempre protegeu e incentivou os encontros regionais. Suas ações sempre foram direcionadas para melhorar o ambiente e a qualidade dos encontros. Era polêmico porque sempre foi um cara autêntico – disse Fernando Martins, conselheiro da AMO-RJ e ex-presidente do Jaguar do Asfalto, de Rio das Ostras.
O último encontro de Aloisio com motociclistas aconteceu no dia 28 de novembro, na festa de encerramento do ano do Penedo Riders e a volta do integrante Wallace Peçanha, que também é conselheiro da AMO-RJ:
- Ele veio para me fazer feliz. Foi graças a Aloisio Braz que os motociclistas assumiram, em 2010, a organização do Penedo Riders, um dos principais encontros de motociclistas do país, que até então era promovido por empresários. Não tínhamos nada, ele conseguiu palco, som e as bandas. Foi um sucesso que não parou mais – recorda Peçanha.
Aloisio morava em Copacabana, na Zona Sul do Rio, mas jamais deixou de visitar, quase que semanalmente, a família e os amigos em Resende, no Sul Fluminense:
- Ele era puro amor e felicidade sempre. Vivia e servia – comentou a sobrinha Marcia Nakashima.