O Ministério da Saúde publicou nesta sexta-feira (5) o edital de licitação para a construção do complexo Industrial de Biotecnologia em Saúde (CIBS) a ser erguido em Santa Cruz em um terreno de 580 mil m² com o objetivo de produzir seringas e 600 milhões de doses de vacinas para todo o Brasil a partir de 2025. O custo estimado do projeto é de R$ 3,4 bilhões.
O ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, disse que a unidade será o maior complexo industrial de biotecnologia em saúde na América latina e fará com que o Brasil seja autossuficiente na produção de vacinas:
“Precisamos ser autossuficientes na produção de IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo), na produção de vacinas e insumos para combater esse e os próximos vírus que virão”, disse.
Durante a cerimônia de lançamento da iniciativa, a Fiocruz divulgou que o projeto vai garantir ao Brasil a autossuficiência na produção de imunizantes. A construção do CIBS possibilitará a criação de 5 mil empregos diretos e 1500 postos de trabalho para a sua operacionalização.
A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, disse que o projeto foi idealizado por seus antecessores e desde 2017, quando foi eleita, tinha a expectativa de o ver aprovado. Nesta sexta-feira (5), ela comemorou a publicação do edital de licitação no Diário Oficial da União lembrando o verso de uma das canções de Paulinho da Viola “Quando penso no futuro não esqueço do passado”.
Nísia destacou que a pandemia mudou a visão da necessidade de uma unidade produtora de vacinas no mundo:
“Mesmo dos países desenvolvidos que fizeram uma aposta em cadeias produtivas perderam de vista a questão da autonomia da segurança em saúde de uma maneira tão forte se revelou em respiradores em vacinas em tantas fragilidades em todo mundo”.