Neste momento de isolamento social, não há nada mais necessário que nossa saúde física e mental. Por isso, o Dia do Hip Hop chegou para animar aqueles que amam a cultura black em todas as suas formas. As transmissões serão feitas pelo canal Twitch.TV com todo o carisma de Dom Capuccino, mestre de cerimônia oficial e aclamado pelo público.
O primeiro dia de evento será neste sábado (27), uma live gravada diretamente do Parque de Madureira a partir de 15h30h, com batalha de rima entre 8 competidores (4 duplas) e batalha de dança (All Style), na qual duplas competirão em todos os estilos dentro das danças urbanas. Nas carrapetas, DJ Row G e DJ DeF.
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Ambos os combates valerão R$ 600,00 e a premiação será sucedida pelo show de skate com CDD SKATE ARTE e basquete de rua do Projeto Virando o Jogo. O graffiti ficará sob curadoria de Priscilla Roxo e de Fael Tu Já Viu.
No dia 28 (domingo), uma live apresentará, diretamente da Mansão do Duque, a partir das 16h, o show de Slam com os MCs CHAL Enigma e 4Ó sobre o tema Hip Hop, um verdadeiro e emocionante espetáculo.
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O Slam surgiu como resistência em forma de arte, um fazer poético livre, denunciando comportamentos preconceituosos que rondam a sociedade. A competição é muito saudável e de lá, surgem poesias impressionantes.
Mas essa é somente a abertura da transmissão. Logo após, haverá um cineclube exibindo o curta documentário “Diferença entre o Rap e o Hip Hop”, e em seguida, um debate com DJ TR (autor do livro “Acorda Hip Hop”). Além disso, não vão faltar as mostras de dança com os grupos RUA 21, CIA MOVA-SE, CRESPINHOS SA, UNDERMOB e SARAWEVA, embalados por DJ TAMY REIS, DJ SÔ LYMA e DJ A nas picapes.
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O evento ainda contará também com apresentações de RAP inovadoras, ao lado de Fael Tu Já Viu e Lemon. Além disso, também irão performar o MC Piratta e Nanato do Pandeiro, misturando os ritmos do Samba e do RAP. Para fechar as apresentações com chave de ouro, a MC mirim, Elis, irá cantar o seu mais novo single sobre resistência, ancestralidade e muito poder.
O Dia do Hip Hop tem como um de seus maiores objetivos dar voz às minorias. O mês de março é ideal para isso, principalmente quando falamos de mulher.
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A união entre nomes importantes da cena e iniciantes vem ganhando cada vez mais visibilidade e essa é chave para que a cultura siga crescendo e formando DJs, MCs, grafiteiros e dançarinos.
Visando a segurança de todos, estarão presentes nos locais apenas os organizadores, os artistas e os esportistas que participarão do evento. Todo o público acompanhará de suas casas através da Twitch.
Esse evento é uma realização do Instituto Aves com curadoria da R.U.A 21.
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Sobre o Hip Hop:
O Hip Hop tem pouco mais de 45 anos. Porém, sua influência no mundo é gigantesca, sendo responsável por elevar a autoestima da juventude periférica, principalmente não- branca, de favelas e quebradas do mundo todo.
Um de seus produtos, o rap, é considerado, por pesquisadores, o ritmo mais ouvido e influente no mundo e está presente em diversos países, abrindo caminhos para setores marginalizados da sociedade através da cultura. O breaking (estilo de dança) está confirmado como a mais nova modalidade olímpica para os próximos jogos, o que representa uma grande vitória para quem vive da arte.
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O movimento cultural que começou nos anos 1970, subúrbio de Nova York, por Afrika Bambaataa, até hoje considerado o pai do Hip Hop e, aos poucos, foi se expandindo, se tornando um verdadeiro estilo de vida.