Evento internacional da cultura afrodescendente reúne nomes da música, arte e filosofia

A segunda edição do Alafiá Mundo de 2021 conta com tradução simultânea em português e inglês. A iniciativa tem o objetivo de promover a valorização e resgatar a importância histórica e cultural do povo africano na atualidade. Com o diálogo e a união dos afrodescendentes da diáspora em torno das tradições africanas, o Alafiá Mundo expõe no formato virtual o rico universo da arte negra.

Para refletir sobre as tradições africanas e suas influências na sociedade, Helena Theodoro, Doutora em filosofia (UFG), Mestre em Educação (UFRJ), Pós-Graduada em Tecnologia Educacional – Fundação Konrad Adenauer (Alemanha), especialista em Cultura Negra e Carnaval e a antropóloga afro-americana e diretora executiva da ONG Afrodiáspora, Sheila Walker, recebem participantes do livro “ Conhecimento desde dentro”. Na obra de Sheila Walker os afro-sul-americanos falam de seus povos e suas histórias. Também marcam presença Jana Guinond, Kiratiana Freelon e Tainá Almeida, Juan Angola Maconde (Bolívia), Lucia Molina (Argentina), Marta Salgado Henríquez (Chile) , Juanpedro Machado (Uruguai), Raul Platicon (Colômbia), Fernanda Felisberto, Rubem Confete, Carlinhos de Jesus, Danielle Almeida, Milton Cunha, Dudu Nobre, Lucinha Nobre, Marcos Moura do Amazonas, João Jorge do Olodum, Salvador – Bahia e Awurê (Brasil).

Para Helena, uma das fundadoras do evento, abordar o universo África e suas riquezas através da arte e do diálogo com pensadores de diversos países tem grande importância nesse momento de pandemia. "As filosofias africanas se apoiam na comunicação entre as pessoas que aprendem e crescem com trocas de energia. A fala, o canto e a dança nos permite evoluir em diversos aspectos da vida", afirma.

Autora da obra Martinho da Vila "Reflexos no espelho" (Pallas Editora), e também conteúdista do GRES Salgueiro, Helena acredita que o universo do samba no Brasil e o universo da arte negra americana, seja do Norte ou Sul, se encontram e se fortalecem. Nada mais adequado nestes momentos de pandemia. Amenizar perdas e unir forças entre grupos de origem comum através da arte é o que buscamos.

Alafiá significa confirmação de algo positivo, e é o que desejamos: Alafiá Mundo!

Serviço:

Alafiá Mundo

Quando: 14 de abril

Hora: 19h30

Onde adquirir o ingresso: https://bityli.com/9jWT1

Instagram: https://www.instagram.com/alafiamundo/

Sobre o Alafiá Mundo

Surgiu em 2020 no encontro de Jana Guinond (RJ/Brasil), Zakiya Carr Johnson (Atlanta-EUA), e a conteudista Dra. Helena Theodoro ( RJ / Brasil) que acreditam na importância do diálogo entre gerações e transnacionais, com a fé num mundo fraterno, pleno de alianças que ajudam na superação de momentos difíceis como os que estamos vivendo.

A iniciativa promove o resgate das memórias e a valorização do Patrimônio Cultural do Brasil: O Alafiá Mundo no ano de 2020 reuniu através de um encontro online, representatividades como: Martinho da Vila, Selminha Sorriso (Porta-bandeira da GRES Beija Flor), Tia Glorinha do Salgueiro (Presidente da ala das baianas do GRES Salgueiro), Mãe Meninazinha de Oxum, Bira Presidente do GR Cacique de Ramos e Vovô do Ilê Aiyê, Salvador - Bahia.

No ano de 2021, o Alafiá Mundo é composto por Dra Helena Theodoro, Jana Guinond, Kiratiana Freelon e Tainá Almeida que reúne diversas pessoas que compartilham conosco a sua trajetória e conhecimento. E contamos com as presenças de: Dra. Sheila Walker (EUA), Juan Angola Maconde (Bolívia), Lucia Molina (Argentina), Mara Salgado (Chile), Raul Platicon (Colômbia), Fernanda Felisberto, Rubem Confete, Carlinhos de Jesus, Danielle Almeida, Milton Cunha, Dudu Nobre, Lucinha Nobre, Marcos Moura do Amazonas, João Jorge do Olodum, Salvador – Bahia e Awurê (Brasil).

Currículos

Helena Theodoro

Bacharel em Direito e Pedagoga, Mestre em Educação, Doutora em Filosofia, Pós-Doutora em História Comparada. Pesquisadora da história e da cultura afro-brasileira, escolas de samba, religiões e espiritualidade de matriz africana, educação, processos culturais, sexualidade. Foi jurada do Estandarte de Ouro (Jornal O Globo) por vinte e sete anos. Foi Professora Auxiliar da Universidade Estácio de Sá, Coordenadora da Pós-Graduação de Figurino e Carnaval da Universidade Veiga de Almeida, Coordenadora do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros (NEAB) da FAETEC/RJ e Professora no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IFRJ/UFRJ). Tem vários artigos e livros publicados – “Mito e Espiritualidade: Mulheres Negras”, “Os Ibéjis e o Carnaval”, “Caderno de Cultura Afro-Brasileira”, “Iansã, Rainha dos Ventos e Tempestades” e, o mais recente, “Martinho da Vila: Reflexos no Espelho”, em 2019. Atualmente é Presidente do Conselho Deliberativo do Fundo Elas e Coordenadora do grupo de pesquisa de carnaval LUPA do IFCS/UFRJ.

Sheila S. Walker

É afro-americana, doutora em antropologia, é Diretora Executiva de Afrodiáspora, Inc.,Foi Diretora do Programa de Estudos da Diáspora Africana e Professora de Antropologia no Spelman College (uma universidade africana americana de mulheres) em Atlanta, Georgia, e Diretora do Centro de Estudos Africanos e Africanos-Americanos e Professora de Antropologia na Universidade de Texas em Austin. Suas publicações são os livros: Raízes Africanas/Culturas Americanas: África na Criação das Américas (inglês) e Conhecimento desde dentro: Os afro-sul-americanos falam de seus povos e suas histórias (Kitabu Editora, Rio de Janeiro). Foi produtora dos documentários África Dispersa: Rostos e vozes da Diáspora Africana (2017) e Rostos Familiares: Lugares Inesperados: Uma Diáspora Africana Global (2018).

Lucía Dominga Molina

Argentina. Pesquisadora Independente da temática afro-americana. Fundadora e Presidente da Casa de Cultura Indo-Afro-Americana, associação mais antiga do País. Vice-diretora do programa de rádio “ indoafroamérica... um programa pelos direitos das minorias”, o único com esse perfil em nível nacional, com mais de seis anos no ar na rádio pública. Dedica-se ad honoren ao Conselho Assessor do Instituto Nacional contra a Discriminação (INADI).

Juan Angola Maconde

Boliviano, Preside a Fundação Pedro Andavérez Peralta “FUNDAFRO”. Economista, Diretor da Revista Raíces. Em 1994, coordenou um projeto para a recompilação da história oral contemporânea afro-boliviana. Foi professor na Universidade Andina Simón Bolívar sobre Teorias pós-coloniais e Política de Descolonização.

Depois de participar no Grupo Barlovento Juan escreveu um livro sobre a linguagem dos afro-bolivianos.

Marta Victoria Salgado Henríquez

Mulher Afrodescendente, Presidente da Organização não Governamental Oro Negro de Afrodescendentes Chilenos. (Primeira organização Afro Chilena) . Em 2016 foi indicada pelo Ministério das Culturas, Artes e Patrimônio para o Prêmio Gestor Cultural da Região Arica-Parinacota e em 2018 foi indicada como figura Ilustre da região da Arica.

Juanpedro Machado

Afrodescendente nascido no Uruguai, militante dos movimentos sociopolíticos de comunidades afrodescendentes. Atualmente faz parte da Assembléia Nacional Afro-Uruguaia, instituição de nível nacional encarregada de trabalhar na formação e acompanhamento das organizações na gestão política perante o Estado.

Raul Alfonso Platicon Caicedo

Afro-colombiano, filho de migrantes do Pacífico colombiano. Graduado em História pela Universidad del Valle, conferencista, poeta, escritor, contador de histórias e pesquisador em temas da história afro-colombiana e da diáspora afrodescendente. Educador com 14 anos de experiência no processo pedagógico e em processos de alfabetização em comunidades de risco e vulnerabilidade social, com ênfase na diversidade étnico-racial. Educador pela Paz, treinador de futebol juvenil e gestor em intervenção social.

Fernanda Felisberto

Professora da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e consultora da Kitabu Livraria.