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Impactos ambientais

Iniciativa brasileira combate necrochorume

Parque Memorial colabora para sustentabilidade da flora e fauna locais


Foto: Divulgação
O grande número de mortes em decorrência da pandemia do coronavírus tem aumentado significativamente a demanda por serviços funerários. Diante dessa situação, especialistas estão preocupados com os impactos ambientais importantes que podem vir a ocorrer nos ambientes onde estão implantados os cemitérios. Isso porque o cadáver em decomposição libera gases e líquidos humorosos, conhecido como necrochorume, que são poluentes ambientais.

Apesar de todos os cemitérios precisarem de uma licença ambiental para funcionar, essa lei só entrou em vigor em 2003 pelo CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente. Em 2011, um levantamento feito pelo professor e geólogo Lezíro Marques Silva, da Universidade São Judas Tadeu, de São Paulo, mostrou que 75% dos cemitérios brasileiros analisados apresentaram problemas sanitários e ambientais. Já em maio de 2020, o CONAMA publicou uma nota técnica pedindo atenção redobrada nos cemitérios devido à pandemia. A expansão estava acontecendo sem fiscalização dos órgãos responsáveis, o que poderia acarretar em diversos prejuízos ao ambiente (solo e lençol freático) e às pessoas.

Novo modelo ecológico
Já existem alternativas para driblar esse problema. O BioParque Brasil, por exemplo, aposta em um novo modelo ecológico para o mercado funerário. O empreendimento incorpora as cinzas resultantes da cremação ao ciclo de vida de árvores. O resultado, além de oferecer a chance para milhares de famílias lidarem de uma forma diferente como o luto, permite que contribuam para a construção de um parque que, no lugar de túmulos, estará repleto de árvores que colaboram para a preservação ambiental e a sustentabilidade da flora e da fauna local.

"O BioParque não realiza a cremação. Quando o cliente nos procura, ele já está de posse das cinzas. Estas cinzas são acomodadas em uma BioUrna, urna ecológica biodegradável, patenteada pelo BioParque e desenvolvida na Espanha por designers catalães. Já com as cinzas, a urna é previamente preparada para receber uma semente. Monitoradas de 12 a 24 meses por uma equipe de especialistas, em um viveiro ultra tecnológico, o Incube Center, a planta germina e cresce até a fase de arbusto. Quando estiverem prontas, serão transferidas para o solo do parque, integrando-se ao ecossistema local”, destaca Hugo Tanure, CEO da BiosBrasil SA.


Foto: Divulgação
A primeira unidade do BioParque Brasil está localizada em Nova Lima/MG, na rodovia MG-150, já em fase de conclusão da primeira etapa. Ele contará, inicialmente, com um showroom, recepção e áreas de visitas. “As primeiras espécies de árvores serão plantadas até o final de 2021 e primeiro semestre de 2022. Ao todo, pretendemos plantar mais de 30 mil árvores nativas em um espaço de 150 hectares”, reforça Tanure.


Foto: Divulgação
O empreendimento já tem previsão de inauguração para outros estados. “Nossa meta é, até final de 2021, levar o BioParque para São Paulo. Posteriormente, iremos para Brasília, Salvador e Rio de Janeiro para desenvolver os parques”, complementa o CEO da BiosBrasil SA.

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