O vice-presidente da CPI da Pandemia, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), destacou nesta segunda-feira (19/7) que a CPI criará núcleos de investigação — para tratar, por exemplo, da atuação de intermediárias na aquisição de vacinas e do papel das fake news no agravamento da pandemia, entre outros temas. Os núcleos de investigações cuidarão, entre outras atividades, da análise dos documentos recebidos pela comissão (como os relacionados a empresas que intermediaram a compra de vacinas).
A decisão atende à determinação de manter o trabalho da Comissão durante o recesso parlamentar, anunciada nas redes sociais do presidente do colegiado, senador Omar Aziz (PSD-AM). Também está prevista, entre os dias 26 e 29 de julho, uma reunião entre senadores e juristas — Randolfe afirmou que esse encontro visa "organizar o lastro jurídico e constitucional do relatório final da CPI da Pandemia". Mais ativo defensor do Governo na comissão, o senador Marcos Rogério (DEM-RO) reafirmou sua crítica de que a oposição insiste em acusações sem provas.
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Aziz e Randolfe, mesmo com o recesso em curso, estão organizando as ações do colegiado que serão retomadas em agosto, logo após o fim do recesso parlamentar constitucional. Além da criação de núcleos para o tratamento de temas, como o que vai tratar das empresas que intermedeiam a aquisição de vacinas, os senadores pretendem se debruçar sobre os impactos das notícias falsas (fake news) no agravamento da epidemia de coronavírus.
As informações foram transmitidas por Aziz e Randolfe por meio das redes sociais, no fim de semana. O presidente da comissão informou que o planejamento prosseguirá ao longo desta segunda-feira (19). Já Randolfe adiantou que a CPI também vai se dedicar em agosto a investigações sobre os negócios e interesses envolvendo a empresa de logística VTCLog. Os parlamentares suspeitam de contratos firmados entre ela, o Ministério da Saúde e a Precisa Medicamentos.
O vice-presidente detalhou ainda que está prevista para acontecer entre os dias 26 e 29 de julho uma reunião virtual entre integrantes da CPI e juristas, a fim de embasar o relatório final da comissão. O responsável pela emissão do parecer definitivo é o senador Renan Calheiros (MDB-AL).
“A CPI está no caminho certo. Estamos descobrindo quem estava e está por trás de uma gestão completamente ineficaz no Ministério da Saúde em relação, especialmente, à pandemia, que já nos custou mais de meio milhão de vidas do povo brasileiro. Não vamos parar”, publicou Randolfe.
Fonte: Agência Senado