A 50ª edição do Mapa de Risco da Covid-19, divulgada na última sexta-feira (01) pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), aponta redução de 37% nas internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e de 38% no número de óbitos provocados pela doença, a maior queda desde o início do estudo. Com isso, o estado do Rio de Janeiro permanece, pela quinta semana consecutiva, com a classificação geral de baixo risco (bandeira amarela). A análise compara as semanas epidemiológicas 37 (de 12 a 18 de setembro) com a 35 (de 29 de agosto a 04 de setembro).
- Esses números, apesar da circulação da variante Delta no Rio de Janeiro, são reflexo do avanço na vacinação. Observamos uma importante redução do número de internações, casos graves e óbitos. O número de solicitações de leitos e taxa de ocupação reduzida nos apontam um cenário epidemiológico que traz esperança de estarmos caminhando para o retorno à normalidade - avalia o secretário de Estado de Saúde, Alexandre Chieppe.
Entre 29 de agosto e 18 de setembro, período que compreende as semanas epidemiológicas 37 e 35, foram aplicadas 1.985.075 de doses das vacinas contra o coronavírus. As taxas de ocupação de leitos da rede SUS também tiveram redução. A de UTI passou de 52%, no levantamento anterior, para 48%; e a de enfermaria, de 30% para 24%, a menor desde o início do ano de 2021.
Das nove regiões do estado, seis estão em bandeira amarela: Metropolitanas l e II, Serrana, Baixada Litorânea, Médio Paraíba e Centro-Sul. As regiões Baía da Ilha Grande, Norte e Noroeste estão na faixa laranja e nenhuma está na vermelha.
Cada bandeira representa um nível de risco e um conjunto de recomendações de isolamento social, que variam entre as cores roxa (risco muito alto), vermelha (risco alto), laranja (risco moderado), amarela (risco baixo) e verde (risco muito baixo). Os resultados apurados para os indicadores apresentados devem auxiliar a tomada de decisão, além de informar a necessidade de adoção de medidas restritivas, conforme o nível de risco de cada localidade.
Vigilância genômica - O programa de vigilância genômica da Covid-19 no estado analisou 468 amostras com data de coleta no mês de setembro. Apenas uma delas foi identificada como Gamma, outras 4 foram classificadas com as variantes B1.1.28 e B1.1.33, que não são consideradas como variantes de alerta, interesse ou preocupação (nVAIP). A variante Delta permanece em predomínio no estado e a Mu (B.1.621), originária da Colômbia, não voltou a ser identificada.
É importante ressaltar que o sequenciamento do coronavírus não é um exame de rotina nem de diagnóstico, é feito como vigilância genômica, para identificar modificações sofridas pelo vírus SARS-CoV-2 no estado e embasar políticas sanitárias.