O Incêndio no Museu Nacional do Rio de Janeiro na Quinta da Boa Vista, completou nesta terça (2/10), um mês e poucas providências foram tomadas. O acervo que continha mais de 20 milhões de itens como coleções de geologia, paleontologia, zoologia e arqueologia teve 90% de seu conteúdo destruído. Após a tragédia o Governo Federal, anunciou repassar R$ 10 milhões à UFRJ para ações emergenciais e enviou a Polícia Federal para realizar a perícia no local. No momento apenas 8,9 milhões do Ministério da Educação, foram enviados para o escoramento da estrutura do prédio e a garantia da conclusão da perícia policial. As obras emergenciais tiveram início, somente no dia 21 de setembro e enquanto isso o pouco que pode ser recuperado dos escombros permanece no mesmo local sob sol e chuva. Os cientistas estão preocupados com as condições desse material, porém só poderão ter acesso aos escombros após a liberação por parte dos técnicos da empresa que faz o reforço estrutural do palácio.
Alexandre Keller, Diretor do Museus Nacional afirma, “Não sou muito otimista, mas também não sou um cara pessimista. Mas estou esperançoso diante do que a gente já viu. Vamos recuperar o material, mas precisamos ter celeridade. Toda vez que chove nós perdemos um pouquinho”
Segundo Keller, o dinheiro liberado pelo MEC, somente cobrirá o custo para reforçar as paredes, colocar um teto provisório e retirar o entulho. Ele tenta conseguir com o Congresso Nacional, ainda esse ano uma verba, para realizar a primeira reforma estrutural do prédio.
A obra de estruturação, durará 6 meses e a UFRJ estima o gasto de aproximadamente 100 milhões para recuperar a estrutura externa.
Alunos, Professores e Funcionários fazem ato simbólico de abraço ao Museu
Os Funcionários, professores e estudantes do Museu Nacional realizaram um ato simbólico de abraço e palmas ao prédio e cobraram a investigação do incêndio que consumiu as principais peças da história do Brasil.
Os pesquisadores aguardam uma estrutura mínima de segurança para entrar e resgatar algumas peças que estejam em boas condições.
Segundo alguns pesquisadores que acompanham de perto o trabalho da equipe contratada para a recuperação do museu, drones utilizados no monitoramento, localizaram itens que podem ser recuperados.