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Romário: "Tenho dívidas? Tenho. Mas como todo cidadão, posso recorrer"

Candidato ao Governo do Rio fala com exclusividade ao portal Eu, Rio!

Por Robson Machado em 06/10/2018 às 10:10:34

Foto: Divulgação Romário

Candidato ao Governo do Estado do Rio de Janeiro pelo partido Podemos, Romário falou com exclusividade ao Eu, Rio! O político admitiu ter dívidas pessoais e prometeu ser tão bom governador quanto foi jogador de futebol. Acabar com algumas UPPs e não prosseguir com a intervenção federal também são promessas de campanha do candidato.

Eu, Rio!: Candidato, seu plano de governo prevê a extinção de algumas Unidades de Polícia Pacificadora, sob a alegação de promover uma melhor distribuição de policiais militares nas ruas. O senhor pode dar exemplos de quais UPPs extinguiria e quais áreas exatamente teriam o policiamento reforçado?
Romário: Serão extintas as UPPs que não estão dando resultados práticos nos locais onde estão instaladas. Não quero falar agora nomes porque esse assunto terei que discutir commeu futuro secretário de Segurança e com o Gabinete de Intervenção, que ficará na cidade até o dia 31 de dezembro. Estive com o comandante da intervenção justamentediscutindo esses pontos e nosso trabalho será baseado no legado que eles deixarão no Rio em termos de estatística, mapeamento e inteligência.
ER: O seu governo dará continuidade a intervenção federal?
Romário: Não. A intervenção acaba no dia 31 de dezembro.
ER: O candidato que lidera as intenções de voto para a Presidência da República tem promessas contundentes na área da segurança pública. Na sua gestão, quem efetivamente comandará as forças de segurança do Estado, o senhor ou o governo federal?
Romário: Quem manda na segurança do Estado é o Governo. O que eu proponho é um trabalho integrado entre as forças federais e as polícias Civil e Militar.
ER: É ponto pacífico que as unidades de saúde do Estado estão sucateadas, um problema que atravessa a gestão atual bem como as anteriores. Se eleito, quais serão as suas primeiras medidas práticas para resolver esse problema?
Romário: Vou rever os contratos com as Organizações Sociais e cobrar melhorias no atendimento à população. Muitas dessas OSs estão envolvidas em esquemas de corrupção e temos que ver exatamente quais estão atendendo de forma correta as necessidades da secretaria. A saúde foi uma das pastas que mais sofreu com a corrupção. Tenho certeza que os recursos existem e que nosso principal trabalho é não deixar roubar.
ER: Quem será o seu secretário de saúde?
Romário: Primeiro preciso ganhar a eleição para depois pensar em nomes.
ER: Candidato, os números do Ideb comprovam o que todos nós sabemos: a educação pública oferecida pelo Estado está muito longe da qualidade desejada. Na prática, como oferecer ao estudante uma escola mais atrativa?
Romário: Inserindo a tecnologia no dia a dia dele dentro da escola. O jovem hoje passa o dia no celular, usando aplicativos. A escola tem que ter essa realidade também. Vou criar a Escola da Geração Internet. A gente vai buscar parcerias com empresas e instituições que tornem a Escola mais preparada para formar os jovens para os novos modelos do mercado de trabalho.
ER: O senhor é um desafeto confesso do prefeito Marcelo Crivella. Se eleito, como será o seu diálogo com o prefeito da capital do Estado?
Romário: O meu diálogo com ele será no sentido de priorizar a qualidade de vida da população do Rio de Janeiro.
ER: Na vida pessoal, o senhor enfrentou alguns problemas, como dívidas de condomínio, dívidas de IPVA, entre outras. Por que o eleitor deve acreditar que a mesma pessoa que teve tantas dificuldades para administrar a vida pessoal vai administrar bem o Estado?
Romário: O eleitor sabe que está votando em um candidato ficha limpa, com 4 anos de atuação na Câmara dos Deputados e 4 anos de Senado. Nesses períodos, relatei a CPI do Futebol que colocou na cadeia os corruptos do nosso futebol. Na minha vida política, não há uma mancha, nada que eles possam falar mal. Tenho dívidas? Tenho. Como todo cidadão, tenho direito de recorrer. Mas estou honrando com meus compromissos.
ER: Numa eventual disputa de segundo turno, quais candidatos ao Governo do Estado vencidos no primeiro turno o senhor convidaria para uma aliança? E quais o senhor convidaria para compor a sua equipe de governo?
Romário: Como eu já disse, o foco agora é chegar ao segundo turno. Primeiro é preciso estar lá para pensar em alianças.

(NR: A entrevista foi realizada antes do anúncio de Anthony Garotinho em apoiá-lo, apos ter candidatura cassada pelo TSE)
ER: Qual a composição ideal para o seu governo, dos dois senadores eleitos pelo estado do Rio e do presidente da república?
Romário: A composição ideal é aquela que entenda e ajude o Rio de Janeiro a sair desse estado de falência. Nós vamos precisar muito do Governo Federal.
ER: Qual a maior qualidade do candidato Romário?
Romário: No que me proponho a fazer, quero ser o melhor. Foi assim no futebol e é assim na política. Sou muito focado no que eu quero.
ER: E o pior defeito?
Essa pergunta, o candidato não respondeu.

De acordo com as recentes pesquisas de intenção de voto, Romário ocupa a segunda colocação na disputa pelo Governo do Estado. Se as projeções se confirmarem, o candidato do Podemos disputará o segundo turno das eleições com Eduardo Paes (DEM), apontado pelos institutos de pesquisa como o primeiro colocado na corrida ao Palácio Laranjeiras
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