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Alerta

40 milhões de crianças com menos de 5 anos estão obesas

Segundo OMS, na faixa etária de 5 a 19 anos são 340 milhões de crianças e jovens doentes.


OMS diz que 40 milhões de crianças com menos de 5 anos, e 340 milhões de crianças e adolescentes, de 5 a 19 anos, estão obesas no mundo. Foto: Divulgação

Obesidade não é sinal de relaxamento ou falta de determinação, mas uma doença crônica. Atinge 600 milhões de adultos, 40 milhões de crianças com menos de 5 anos e 340 milhões de crianças e adolescentes de 5 a 19 anos, causando 4 milhões de mortes por ano, segundo a Organização Mundial de Saúde. No Brasil, já acomete um em cada cinco habitantes. E, pior: é o maior fator de risco para o Covid, depois da idade.

Portanto, se uma criança é obesa, não adianta esperar que ela cresça e, por algum milagre, isso se reverta na fase adulta.

"Já está provado que crianças e adolescentes obesos têm enorme chance de se transformarem em adultos obesos. Por isso, quanto mais cedo o problema for atacado, melhor", explica a médica Yara Dantas, com especialidade em Nutrologia pelo Hospital Albert Einstein. Ela dá dicas de como identificar o problema.

"É bem simples identificar. Basta calcular o IMC, que é Índice de Massa Corporal. Como funciona? Você pega o peso da criança e divide pela altura ao quadrado. Existem várias calculadoras de IMC na Internet com os padrões estabelecidos, tudo muito simples de fazer e acompanhar. Outra opção é medir a circunferência abdominal. O valor ideal é a metade da altura da criança. Exemplo: se tiver 1,40m a circunferência abdominal deve ser menor que 70cm. Assim teremos noção da concentração da gordura na região", explica.

Sobre o melhor tratamento, Yara Dantas diz que tudo depende de cada caso. Na verdade, não existe isso de "qual o melhor" ou "mais eficaz" tratamento para obesidade.

"Nós temos que entender que é uma doença crônica. Então, a primeira coisa que devemos identificar é o que está causando o problema. Se a pessoa é ansiosa, estressada, se tem alguma doença de base, insulina alta, diabetes. Isso tudo vai interferir no tratamento da pessoa. O tratamento é totalmente individualizado, que vai depender das condições do paciente, seu quadro clínico, idade, hábitos etc. Então: a obesidade é algo muito sério, que merece ser visto com muita atenção e responsabilidade. Para identificar qual o melhor tratamento para cada paciente", aponta.

A médica diz que pode ser necessário o uso de medicamentos, mas isso só pode ser avaliado depois de um profundo estudo do paciente.

"Temos primeiro que entender os motivos do paciente ter se tornado obeso. Muitas vezes ele é muito ansioso e busca a comida como fonte de prazer. Pode ser doce, carboidrato. Temos que entender essa angústia. E, sim, podemos precisar usar medicamentos. Vai depender de cada patologia. Se esse paciente tem uma compulsão alimentar, se é ansiedade ou, muitas vezes, ele simplesmente relata "ter muita fome". A medicação é extremamente individual e vai depender muito da queixa. Por isso é importante demais uma boa anamnese, que é aquela entrevista com paciente, onde buscamos todos os detalhes que possam ajudar no caso".

Outro grande desafio, segundo a médica, é manter a boa forma depois que ela é alcançada. Algumas mudanças devem ser mantidas para que não se perca o que foi conquistado. Yara Dantas ressalta que é importante aderir aos altos níveis de atividade física, pelo menos uma hora de exercícios por dia, seguindo uma dieta de baixa caloria.

"Muitas vezes o paciente perde peso e pensa: 'cheguei onde queria, posso comer tudo de novo'. Não pode. O motivo: a obesidade é uma doença crônica. Então a dieta, a mudança de estilo de vida, têm que ser, infelizmente para muitos, para o resto da vida. É preciso manter o equilíbrio nas refeições, monitorar o peso pelo menos uma vez por semana, para que pequenas oscilações sejam percebidas. E não abusar nos fins de semana e feriados. Caso contrário, todo o projeto de saúde vai por água abaixo. A avaliação semanal é importante para que a pessoa varie, no máximo, dois quilos de peso. Isso sem falar no lado emocional. É isso: a pessoa que escolhe emagrecer deve manter para sempre bons hábitos alimentares, ficar longe do sedentarismo e sempre perto do bom humor e da alegria", finaliza Yara Dantas.




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