Parte do muro da antiga casa de shows Castelo das Pedras, na comunidade de Rio das Pedras, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, desabou hoje, quinta-feira (11). Segundo a Defesa Civil da Prefeitura, não houve feridos. O local está passando por obras atualmente. De acordo com a Subprefeitura de Jacarepaguá, o incidente teria causado o estouro de diversos canos de água, sendo necessário chamar uma equipe da Cedae ao local para fechar a tubulação.
A Defesa Civil informou que foi acionada na noite de quarta-feira, dia 10, para vistoria após desabamento de um muro em uma obra particular na Estrada de Jacarepaguá, na Comunidade de Rio das Pedras. Um prédio de sete pavimentos, que fica ao lado do terreno, foi interditado preventivamente e vistoriado no período da noite e madrugada para checar a existência de possíveis danos. Em seguida, o imóvel foi liberado e os moradores puderam retornar após avaliação conjunta da Defesa Civil e da Fundação GEO-Rio.
A região tem sofrido ultimamente com vários desabamentos de prédios construídos irregularmente e é um dos berços da milícia do Rio de Janeiro. Apesar de irregulares, as construções apresentam padrões de acabamento às vezes superiores à grande maioria das favelas cariocas.
Em 3 de junho deste ano, um prédio residencial desabou na mesma comunidade, e em 12 de abril de 2019, dois prédios caíram na comunidade da Muzema, também em Jacarepaguá, matando 24 pessoas. Também construções irregulares erguidas pela milícia.
Castelo das Pedras fechado há três anos
O Castelo das Pedras fechou as portas em 11 de outubro de 2018, após 25 anos de existência. Promovia bailes funks bastante badalados, com presença de artistas famosos como o cantor Lulu Santos, a atriz Viviane Araújo, os ex-integrantes do grupo “É o Tchan” Sheila Carvalo e Jacaré, o cantor Netinho, o promoter David Brazil, os ex-jogadores Edmundo e Romário Farias, a apresentadora Angélica, e o pagodeiro Xande de Pilares, entre outros.
O antigo dono do estabelecimento, Geiso Turques (ex-vereador em São Gonçalo), explicou na ocasião que encerrou as atividades do local por ter começado a frequentar igrejas evangélicas, em 2016. Na época, garantiu que o local não seria uma igreja e que o novo uso do espaço estava sendo estudado.