Está aberta a temporada de festas de fim de ano. Com o avanço da vacinação e a queda na taxa de transmissão da covid-19, muitas pessoas voltarão a se reunir com familiares e amigos para as tradicionais comemorações de fim de ano. O Instituto Municipal de Vigilância Sanitária (Ivisa-Rio) alerta os cariocas sobre os cuidados que devem ter na hora da compra de itens que fazem parte da ceia de Natal e réveillon.
Quem não abre mão do preparo de um saboroso bacalhau para a ceia deve prestar atenção na aparência do produto, conferindo se tem manchas avermelhadas e pontos pretos, que indicam a presença bactérias e/ou fungos. O sal desse pescado deve ser grosso, pois o fino é proibido.
O consumidor também deve ficar de olho nos peixes comercializados como bacalhau, mas que na verdade não são da espécie. Somente os tipos _Gadus morhua_ e _Gadus macrocephalus_ são considerados legítimos. O primeiro é conhecido no Brasil como "Porto" ou "Porto Mohua"; o segundo, como "Portinho" ou "Codinho".
Coordenadora de Inspeção e Agropecuária do Ivisa-Rio, Aline Borges, lembra que os consumidores devem desconfiar do chamado bacalhau do “Porto” com preço muito baixo e espessura fina.
“É preciso deixar claro que os peixes Saithe, Ling e Zarbo, muito consumidos entre os brasileiros e com custo mais baixo, não são bacalhau e devem ser comercializados como pescados salgado ou salgado e seco”, alerta Aline.
Quem opta pela compra do peixe fresco deve seguir os seguintes cuidados durante a compra:
“Os olhos dos peixes têm que ocupar toda a órbita, com as guelras avermelhadas, as escamas com aderência e a textura firme. O consumidor só deve comprar peixes com o ventre íntegro, pois quando esta parte se rompe, é um alerta de estágio avançado de alteração. É preciso tirar as vísceras antes de armazená-lo para que tenha uma validade mais extensa”, recomenda.
Para aves, lombos e pernis é necessário estar atento aos sinais de descongelamento, integridade da embalagem e, claro, à validade.
“Esses itens devem ser armazenados entre 12 e 18 graus negativos. A dica é checar se há presença de gelo ou se a carne está amolecida. Esses sinais são indicativos de que o acondicionamento foi feito de maneira inadequada”, orienta a coordenadora do Ivisa-Rio.
Em relação às carnes vermelhas, muito consumidas nos churrascos, a orientação é verificar a cor, a textura e o odor , assim como a data de validade. Qualquer alteração nessas características significa que o produto não está próprio para consumo.
Outros itens importantes que também merecem atenção nesta época do ano:
Frutas: devem ser higienizadas antes de consumidas, mesmo as que serão descascadas ou espremidas
Frutas secas e cristalizadas: É fundamental observar as condições do produto, se está bem embalado e se há presença de insetos ou fungos. O mesmo deve ser feito com as frutas consumidas in natura.
Azeite: Muitos fabricantes misturam com óleo de soja, o que não é proibido, e o consumidor deve verificar o percentual de óleo na embalagem.