De acordo com informações divulgadas pela Jandarma (Policia Turca), o corpo do jornalista Jamal Khashoggi foi encontrado esquartejado e com os dedos das mãos amputados. Os restos mortais estariam enterrados no jardim da casa do Cônsul saudita na Turquia, este que foi chamado de volta à Arábia Saudita há 10 dias.
A Turquia prepara um anuncio oficial sobre a morte do jornalista. Neste momento, os holofotes caem sobre a Família Real Saudita, principalmente sobre o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, e sobre o governo norte americano.
Jamal Ahmad Khashoggi foi um jornalista saudita conhecido internacionalmente pela sua oposição à Família Real Saudita. Trabalhou como editor do jornal Al Watan, em seguida, por perseguição política, se exilou nos Estados Unidos, onde ganhou uma coluna no The Washington Post.
No último dia 2 de outubro, Khashoggi foi até o consulado da Arábia Saudita em Istambul, na Turquia, para resolver questões burocráticas para casar-se com uma turca, mas não saiu do prédio. Para o governo turco, tais “questões burocráticas” foram uma armadilha para atrair Jamal até o consulado.
Segundo a Arábia Saudita, que inicialmente negou a morte do jornalista, Khashoggi morreu em uma briga dentro do consulado.
A Arábia Saudita é um dos mais importantes aliados dos Estados Unidos, militarmente e economicamente. Exportam petróleo e derivados aos americanos, e participam de várias expedições militares contra os chamados “inimigos americanos” no Oriente Médio.