O Brasil registrou queda de 42,6% nos casos de dengue entre os anos de 2020 e 2021, segundo dados do Ministério da Saúde. Este ano, a situação preocupa o Secretário Estadual de Saúde, Alexandre Chieppe, que disse que no momento as autoridades querem evitar a recirculação do vírus do tipo dois da dengue, que já provocou uma epidemia no Rio de Janeiro.
"Não existe vacina para esse tipo de vírus, afirma Chieppe, e por isso é importante que cada cidadão faça a sua parte, e cuide da sua casa e do seu ambiente de trabalho", disse.
O Secretário acrescenta que "é mais importante do que nunca adotar medidas de precaução para evitar que o Aedes aegypti se reproduza e espalhe doenças como dengue, zika e chikungunya".
Chieppe lembra ainda que 80% dos focos do mosquito estão localizados dentro das residências, ou muito próximos a ela. Ele faz um apelo à população fluminense, para que dedique alguns minutos do dia aos cuidados em casa, que farão toda a diferença no combate ao mosquito.
Situação do País
De acordo com dados da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério, no ano passado foram notificadas 543.647 infecções, contra 947.192 em 2020. Os dados são da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.
Entre os casos de zika, houve uma pequena redução de 15%, passando de 7.235 notificações em 2020 para 6.143 em 2021. Já a chikungunya registrou aumento de 32,66% dos casos, com 72.584 em 2020 e 96.288 no ano passado.
O sanitarista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de Brasília, Claudio Maierovitch, destaca que 2020 foi um ano de muitos casos e, por isso, não se deve relaxar com a queda de contágios em 2021. “Mesmo não tendo havido aumento de um ano para o outro, essa não é boa comparação, uma vez que o ano anterior foi de números altos”, alerta.
Cuidados necessários
Devido às altas temperaturas e às chuvas abundantes, o verão é o período do ano em que os ovos eclodem e acarretam o aumento de infecção por dengue, chikungunya e zika. Por isso, fique atento às dicas para evitar a proliferação do mosquito:
- Vire garrafas, baldes e vasilhas para não acumularem água.
- Coloque areia nos pratos e vasos de plantas.
- Feche bem os sacos e lixo.
- Guarde os pneus em locais cobertos.
- Tampe bem a caixa-d´água.
- Limpe as calhas.
Para o combate é necessário unir esforços com a sociedade para eliminar a possibilidade de locais que possam acumular água. Os ovos da fêmea do Aedes aegypti podem ficar incubados durante um ano e eclodir em apenas cinco dias quando entram em contato com a água. "É preciso manter os cuidados durante todo o ano por 365 dias”, reforça o coordenador-geral de Vigilância de Arboviroses do Ministério da Saúde, Cássio Peterka.
Não deixe água parada. Combata o mosquito todo dia. Coloque na sua rotina.
Ouça a matéria da Agência do Rádio com entrevistas do secretário Alexandre Chieppe e do coordenador Cássio Peterka sobre as doenças provocadas pelo Aedes Aegypti.
Brasil 61