O mês de fevereiro carrega consigo não apenas a data que representa o Dia Mundial do Câncer (04/02), como também mais duas ações para conscientizar sobre dois tipos específicos da doença: leucemia, com o “Fevereiro Laranja”, e o Dia Internacional de Luta contra o Câncer Infantil (15/02). De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), mais de 230 mil pessoas morrem da patologia todo ano no Brasil.
Segundo a psicóloga Aline Riguete, que atua no Vera Cruz Oncologia, o apoio psicológico na descoberta e no tratamento da patologia auxilia para que os pacientes e sua rede de apoio entendam melhor o momento e busquem alternativas para conviver com a doença. “O principal objetivo é oferecer auxílio para que todos consigam compreender o misto de sentimentos que surgem com o diagnóstico, e que é fundamental ter positividade e encarar como um desafio a ser enfrentado”, pontua.
Desmistificar que o paciente oncológico é uma pessoa fraca e vitimizada será um dos assuntos da live, que abordará também temas como: os meios de identificar que um paciente em tratamento precisa de ajuda psicológica; o trabalho multidisciplinar pela saúde do paciente; o papel da família na recuperação; e a relação entre saúde mental e a imunológica. “O paciente em tratamento não precisa de um olhar piedoso ou triste. Eles estão vivendo um momento que requer alguns cuidados especiais, por isso, carinho e acolhimento são fundamentais. Nesse sentido, o acampamento psicológico auxilia o paciente em seu processo de adaptação ao novo contexto e na adesão ao tratamento, com o intuito de promover melhora na qualidade de vida”, adiciona a especialista.
Mês de combate ao câncer
Câncer é o nome dado a um grupo de mais de 100 diferentes tipos de doenças malignas que têm em comum o crescimento desordenado de células, formando tumores. A enfermidade pode se desenvolver em diferentes partes do corpo e ser mais ou menos agressiva, dependendo do seu tipo, sendo que os que mais afetam a população são próstata, mama, colorretal e pulmão.
A patologia é multifatorial. De acordo com o Inca, entre 80% e 90% dos 625 mil casos da patologia, que devem ser diagnosticados do início de 2020 até o final deste ano, serão oriundos de causas externas do meio ambiente (como agrotóxicos e metais pesados) e hábitos e comportamentos prejudiciais à saúde (má alimentação, consumo do tabaco e bebidas alcoólicas). O restante terá origem interna, das ações e reações naturais do corpo humano de cada indivíduo (condições imunológicas e presença de mutações genéticas).
A doença pode dar sinais ou ser silenciosa, sendo primordial a realização de exames para sua detecção. Quando o tratamento é adequado e o diagnóstico feito precocemente, as chances de cura são maiores. Para que isso seja possível, é importante ir ao médico rotineiramente e sempre que sentir necessidade, além de ficar atento aos sinais do corpo.