A defesa do ex-vereador Jairinho entrou com mais um pedido junto à 2ª Vara Criminal do Rio para que as provas obtidas através dos celulares dele, de Monique Medeiros e de algumas testemunhas sejam retiradas do processo. Segundo os advogados, os aparelhos não foram colocados em sacos lacrados no local, garantindo, assim, que não fossem acessados e modificados após a apreensão.
Os advogados de Jairo afirmaram, ainda, que toda extração de dados de informática deve passar pela extração de uma cópia fiel, de maneira que se preserve o seu conteúdo antes de iniciar a perícia, o que não teria acontecido e poderia prejudicar a contraperícia.
No pedido, a defesa pede também o fim da prisão de Jairinho, que está preso desde abril de 2021 no Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste do Rio.
Na véspera da apresentação do pedido em análise, a 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro negara um pedido de liberdade em favor do ex-vereador Jairo Souza Santos, o Dr. Jairinho. Ele e a professora Monique Medeiros estão presos desde o ano passado, acusados de serem os responsáveis pela morte do menino Henry Borel, de quatro anos, filho de Monique, em 8 de março de 2021.
O habeas corpus, assinado pelos antigos advogados de Jairinho, atacava a decisão da juíza Elizabeth Machado Louro, do 2º Tribunal do Júri, que manteve a prisão preventiva dos acusados após a realização da audiência de instrução e julgamento.
Está marcado para o próximo dia 22 o julgamento de mais um habeas corpus do ex-vereador. Desta vez, o recurso foi impetrado pelos novos advogados e corre em segredo de justiça. O escritório responsável pelas novas ações é o mesmo que defendeu o goleiro Bruno, mandante do assassinato da modelo Eliza Samúdio, mãe do filho dele, e do Edson Brittes, réu confesso pela morte do ex-meia do Botafogo Daniel Corrêa, a quem o empresário acusa de ter estuprado a filha, Patrícia Brittes.
Processo 0066541-75.2021.8.19.0001
Fonte: Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro