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Aprendendo com o revés

Como as lições da falência podem servir como caminho para o sucesso

Consultor de empresas que atuou em gigantes multinacionais fala sobre o que aprendeu com suas derrotas


Empresário Julio de Campos aprendeu com as derrotas. Foto: Divulgação

O que é ter sucesso? Ser próspero e possuir muitos bens como carros e motos de luxo e grandes imóveis? Para a maioria das pessoas, parece ser essa a definição correta para responder à pergunta acima...

Pagar contas e passeios para familiares e amigos e estar sempre rodeados por eles completam o cenário. Mais que isso, o personagem que chegou lá também aparece sempre como uma pessoa do bem, alguém que realmente deu certo. “A maioria das pessoas acredita mesmo que ter sucesso é tudo isso. É o que chama a atenção da sociedade, que costuma esquecer do quão difícil e solitário pode ser estar nesta situação”, explica o empresário Julio de Campos. Palestrante, mentor, coach, PNL, investidor e consultor de empresas, Júlio é conhecido e admirado por suas diversas histórias de lutas e conquistas - o profissional de Química especialista em Análises Físico-Químicas e Sistemas de Gestão da Qualidade já atuou em gigantes multinacionais e hoje motiva empresários e empreendedores.

Júlio começou no mundo das vendas muito cedo e, mesmo como funcionário, trabalhava em diversas atividades paralelas até chegar ao título de empresário. Muito ágil, eficiente, perfeccionista, assertivo e sempre impecavelmente bem vestido, a vontade de empreender partiu de grandes sonhos que tinha ainda na infância. “Sempre achei que empreender iria me aproximar dos meus sonhos mais rapidamente que como colaborador, executivo ou diretor em alguma empresa. Mas eu não achava que seria tão difícil. Eu olhava um negócio, via que aquilo podia dar dinheiro e entrava sem medo, investindo tudo o que tinha. Errei algumas vezes, perdi tudo, fali e me endividei, mas aprendi muito e consegui ser bem-sucedido depois de tantos tombos”.

O grande segredo, segundo ele, foi nunca ter apostado em um só negócio. Foi assim, também, que nasceu o Grupo Júlio de Campos, hoje formado por empresas de diversos setores. “Mesmo quando se tem sucesso, existem adversidades e, de repente, tudo pode mudar. É quando aparecem os problemas financeiros e as coisas começam a não caminhar tão bem como antes. Começa a faltar dinheiro... E além de ter que lidar com inúmeras questões desagradáveis, diminuem as saídas e as baladas. Nessa hora, o mínimo que se espera é reciprocidade de quem antes estava sempre ao nosso lado, certo? Errado!”, alerta Júlio.

Segundo ele, aqui começa uma longa história de solidão. Por outro lado, ele garante, com conhecimento de causa, que a falência tem seu lado bom: ela traz a oportunidade da reflexão, da visão de autorresponsabilidade e, principalmente, do autoconhecimento, dando a oportunidade de dar volta por cima e voltar à ativa mais forte, inteligente, preparado e, por consequência, muito mais próspero. “Para isso, basta aprender as lições e se tornar um ser humano ainda melhor. A escola da falência, como gosto de chamar, faz com que enxerguemos nossos erros, falhas e nossos pontos fracos com mais clareza. Assumindo isso, se assume a responsabilidade frente ao fato de que fomos nós mesmos que nos colocamos naquela situação ruim, e é aí que a coisa começa a mudar”.

A autorresponsabilidade, segundo o especialista, é um atributo muito forte, capaz de transformar uma pessoa em um gigante a ponto de ela dar a volta por cima e subir na mesma velocidade com que caiu. O próximo passo é o início da recuperação, a redescoberta do propósito.

Para finalizar, Júlio ressalta que muitas pessoas influentes, famosas e as mais ricas, além de conceituados empresários que entraram para a história experimentaram a dor do fracasso, o sabor da derrota e a solidão da falência. “Meu conselho para quem está passando por isso é: reescreva sua missão e comece novamente do zero. A vitória é uma questão de tempo: pode demorar, mas chega. Para isso, mantenha firme sua fé, ainda que doa, e continue - o deserto um dia acaba. Se tiver que chorar, chore, e acredite sempre, pois a escalada depende única e exclusivamente de você. Alguns dias, meses e até anos se passarão e lá estará você, mais rico, forte e, principalmente, mais sábio e muito mais inteligente, pronto para viver uma nova e abundante vida. O fracasso é uma oportunidade que a vida nos dá, onde vamos sentir dor, choro, pranto e, muitas vezes, desejo de morte. Aproveitei a oportunidade e hoje rio. Superei todas as adversidades e ainda choro, mas de alegria por ter uma vida maravilhosa. Quero viver muito para poder partilhar com todas as pessoas possíveis que eu, você e todos temos um vencedor dentro de nós”, conclui.


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