A luta pela Tabela Salarial, preservação do emprego no Programa Médico da Família, Saúde Mental e DST Aids e contra a exclusão de cerca de 1.600 profissionais da saúde que não tiveram seus contratos prorrogados e a precarização do emprego levaram a Associação dos Servidores da Saúde de Niterói a organizar o “Grito dos Excluídos” nesta segunda-feira (4), às 14h, em frente à prefeitura.
“Se sentir excluído é um dos piores sentimentos com os quais uma pessoa pode lidar. No ambiente de trabalho, é possível que acabe sofrendo consequências graves no seu dia a dia, como problemas psicológicos e baixa autoestima. Não somente os profissionais, mas a população acaba sendo afetada com isso. Queremos dar um basta nesta humilhação e descaso da atual gestão da prefeitura”, criticou Cesar Roberto Braga Macedo, presidente da Associação dos Servidores da Saúde de Niterói.
No último dia 31, a prefeitura de Niterói anunciou a prorrogação até o dia 31 de dezembro do contrato de trabalho de 255 profissionais de saúde. A Associação dos Servidores da Saúde destaca o sentimento de alívio por essas pessoas manterem seus empregos e o sustento de suas famílias, mas, ao mesmo tempo, lamenta o desemprego de cerca de 1.600 pessoas. Profissionais que foram chamados até de heróis pelo atual prefeito, no auge da pandemia, e agora são descartados e excluídos de seus empregos.
“O principal objetivo de gestores que fazem essa covardia com seus trabalhadores é desestimular e esvaziar a luta de seus profissionais por melhores salários e dignidade no emprego. Não vamos ceder em nenhum momento. A luta por reconhecimento e respeito está ainda mais forte. Vamos mostrar isso a cada manifestação”, avisou o presidente da Associação dos Servidores da Saúde de Niterói.