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Atrativo turístico

Palácio de Cristal tem obras de reforma retomadas em Petrópolis

Terreno no Cenyro Histórico sofreu danos após as chuvas de fevereiro e março


Foto: Divulgação/Ascom Prefeitura de Petrópolis

Aos poucos, o município de Petrópolis recupera as suas ruas, casas e prédios históricos, retornando a vida de antes dos estragos causados pelos temporais de 15 de fevereiro e 15 de março. A prefeitura anunciou nesta quarta-feira, 06, que retomou as obras de reforma do Palácio de Cristal, no Centro Histórico, cujo terreno sofreu danos após as chuvas.

No projeto de reforma estão previstas intervenções na parte elétrica, revestimento de paredes, tetos e piso, impermeabilização do espaço, além de limpeza dos vidros, remoção de pichação dos monumentos históricos, pintura interna e externa, entre outras ações. O escopo engloba tanto o palácio como as portarias e gradil externo. O processo de licitação para contratar a empresa que está fazendo as obras ocorreu em fevereiro e a escolhida foi a Engeprat Engenharia e Serviços Ltda. A execução da obra foi publicada em Diário Oficial na última terça-feira, 05.

“O Palácio de Cristal é um dos atrativos turísticos mais importantes da cidade. As obras estavam acontecendo apenas na parte externa e abrimos licitação para garantir que o palácio também fosse restaurado. Precisamos resgatar a imagem de Petrópolis e aos poucos retomar o turismo, que é um setor econômico importante da nossa cidade”, ressaltou o prefeito Rubens Bomtempo.

Para a secretária de Turismo, Silvia Guedon, a reforma vai garantir que o local seja usado com segurança. “O Palácio de Cristal é nosso aparelho cultural mais emblemático. É palco de inúmeros eventos e é um símbolo da nossa cidade fora do país. A reforma era necessária”, pontua.

Antes do temporal um projeto de reforma no terreno estava em curso, que foi paralisado em meados de março de 2020, durante a pandemia de Covid-19. Durante as escavações, foram encontrados peças do século XIX, como pedaços de louça, por exemplo.

Sobre o Palácio de Cristal

Sua estrutura pré-moldada em ferro fundido foi encomendada a uma fundição francesa pelo Conde D’Eu, sendo montada em Petrópolis pelo engenheiro Eduardo Bonjean. Foi inaugurado em 1884 com a finalidade de abrigar as já tradicionais exposições de produtos hortícolas e pássaros da região, que aconteciam em instalações provisórias no local. No Palácio, em abril de 1888, foram libertados os últimos escravos de Petrópolis com a presença da Princesa Isabel.

Casa Santos Dumont reabriu para visitação no último dia 2

O Museu Casa de Santos Dumont, também no Centro Histórico, não chegou a ser atingido pelas chuvas e reabriu no último dia 2, a partir das 10 horas. O espaço ficou fechado para limpeza periódica. O imóvel é conhecido como “A Encantada” e foi residência de verão de Alberto Santos Dumont, o Pai da Aviação. O seu acervo conta com objetos, livros, cartas e mobiliário que pertenceram ao inventor, além do chuveiro e a escada de entrada, com degraus em que só podem subir começando com o pé direito.

Defensoria Pública do RJ aponta situação crítica em 14 locais de risco

A Defensoria Pública do Rio de Janeiro emitiu duas recomendações ao município de Petrópolis, na última terça-feira (5), pedindo a tomada de providências, em até 48 horas, nas áreas residenciais da cidade que estão sob risco após as fortes chuvas dos últimos meses. As recomendações determinam que a prefeitura efetue, dentre outras, as seguintes ações: vistorias em residências e ruas em risco; transferência de moradores para locais seguros; oferta de itens básicos, como alimentos, água potável, roupas e produtos de higiene; cadastramento no CadÚnico e no auxílio do Aluguel Social, além de reparos nas tubulações de água e vias.

Os pedidos foram expedidos com base nas diversas irregularidades constatadas durante uma vistoria realizada no dia 24 de março pela equipe da Ouvidoria da Defensoria, como riscos de deslizamento de terra e de desabamento de casas, danos em postes de energia, carência de itens básicos e falta de fiscalização pela Prefeitura. Essa foi a terceira vistoria realizada pelo órgão desde o dia 15 de fevereiro e, mais uma vez, se observou uma situação de negligência governamental que coloca em risco a integridade física e a vida daqueles que residem em locais inseguros.

“Quase dois meses após as chuvas ainda há muito o que ser feito pelo município. A população está cada dia mais vulnerável e a prefeitura precisa ser mais enérgica em sua atuação”, declara a defensora pública Luciana Lemos.

“Caminhamos com a população e percebemos o total abandono das pessoas que moram nas comunidades de Petrópolis por parte da Prefeitura: pessoas que pedem o socorro da Defesa Civil e não são acolhidas; pessoas que não foram devidamente acomodadas nos abrigos e pontos de apoio e retornaram para suas casas; problemas de infraestrutura, e um cenário de campo minado para as próximas chuvas. Esse já é o terceiro relatório apontando problemas. Revisitamos locais onde já tínhamos estado e onde nenhuma atitude foi feita. Além disso, a gente viu a situação de fome de parte da população enquanto os galpões da Prefeitura acumulam doações que não são distribuídas”, afirma o ouvidor geral da Defensoria, Guilherme Pimentel.


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