Por determinação do governador Cláudio Castro, o Governo do Estado deu início, na manhã desta sexta-feira (8), à Operação Estação Segura, série de ações de secretarias e órgãos para melhorar os serviços prestados pela SuperVia à população. A operação visa à intensificação das ações feitas pelo governo nos últimos meses. Equipes do Procon Rio e da Polícia Militar foram as primeiras a entrar em ação, atuando em pontos da malha ferroviária.
“Não vamos tolerar nenhum tipo de mau atendimento aos passageiros, que já sofrem muito nos trens. Intensificar esse trabalho de fiscalização é fundamental para entregar um serviço de qualidade para quem depende diariamente deste modal. A Segurança Pública não será usada como desculpa para os problemas da SuperVia”, afirmou Cláudio Castro.
O secretário de Estado de Defesa do Consumidor, Rogério Amorim, e a diretora de Fiscalização do Procon, Elisa Clementino, comandaram a fiscalização inicialmente na estação de Deodoro, seguindo para a de Madureira. O objetivo é percorrer outros pontos da linha e verificar irregularidades, além de ouvir passageiros e checar itens como horários, superlotação e condições de segurança dos trens.
Já a Secretaria de Estado de Polícia Militar iniciou a retomada de quatro estações apontadas pela própria empresa como locais que precisam de imediata ação relacionada à segurança pública. O Grupamento de Policiamento Ferroviário (GPFer), os batalhões de área e a Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP) começaram a atuar desde cedo, em pontos específicos.
A operação está focada em Guapimirim, Manguinhos (Zona Norte da capital), Parada Angélica (Duque de Caxias) e Suruí (Magé).
Governador suspendeu conversas
As operações estão sendo realizadas um dia após o governador suspender as negociações com a SuperVia, que já duravam meses, para reajuste e fixação de tarifa aos usuários.
Em coletiva ontem (7), o governador Cláudio Castro atribuiu a rotina de atrasos e interrupções nas viagens dos trens urbanos à "falta de manutenção".
"É inadmissível atribuir todas as questões a furto de cabos. É falta de manutenção, de conservação e de investimentos impactando que os atrasos se tornassem rotina para os usuários. O Estado do Rio de Janeiro, a população e este governo não vão tolerar insuficiência técnica", disse Castro.
Na última quarta-feira, em mais um episódio, a circulação dos trens foi interrompida e 54 estações chegaram a fechar na Baixada Fluminense, prejudicando passageiros que dependiam do transporte.