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Corte de verbas da Rede de Atenção Psicossocial afeta milhões com transtorno mental

Senado questiona portaria do Ministério da Saúde que estimula internação de paciente com psicopatia grave

Por Portal Eu, Rio! em 18/04/2022 às 09:30:55

CAPS, unidades de atendimento ambulatorial, sofrem com restrição de verbas e instabilidade na política de Saúde Mental. Foto: Ascom Saúde DF

A Comissão de Direitos Humanos (CDH) agendou para segunda-feira (18), a partir das 14h, uma audiência pública sobre a Portaria 596/2022 do Ministério da Saúde, que corta recursos da Rede de Atenção Psicossocial (Raps). A reunião é uma iniciativa do presidente da CDH, Humberto Costa (PT-PE). Para o senador, prejudicar a atuação dos centros e serviços da rede espalhados pelo país é um retrocesso nas políticas de atendimento a milhões de brasileiros que sofrem de graves transtornos mentais. A Raps é formada por Centros de Atenção Psicossocial (Caps), unidades de acolhimento e leitos de atenção integral (em hospitais e em alguns Caps), entre outros serviços.

"Temos acompanhando um conjunto de ações governamentais que vão de encontro às práticas antimanicomiais. Essa luta pela desinstitucionalização de pacientes com transtornos mentais é uma luta social, que vinha se afirmando a cada ano. Diversos governos de diferentes espectros adotaram as ações dessa política. A organização das Raps está sendo estruturada com apoio da sociedade, trabalhadores, gestores e até prestadores. O movimento de saúde mental preocupa-se com a Portaria 596/2022, que corta recursos das Raps, estimulando a volta a práticas manicomiais", critica o senador, que também é psiquiatra e foi relator na Câmara dos Deputados durante a votação da Lei Antimanicomial (Lei 10.216, de 2011).

A portaria não faz menção explícita a nenhum programa ou ação. Assinada pelo ministro substituto da Saúde Rodrigo Otavio Moreira da Cruz, apenas revoga dispositivos de duas portarias anteriores: a Portaria de Consolidação GM/MS nº 5, de 28 de setembro de 2017 e a Portaria de Consolidação GM/MS nº 6, de 28 de setembro de 2017.

Foram chamados para a reunião representantes dos Ministérios da Saúde e da Cidadania, do Conselho Nacional de Saúde (CNS), da Associação Brasileira de Saúde Mental (Abrasme) e do Instituto de Estudos e Políticas de Saúde (Ieps). A reunião terá transmissão ao vivo pelo Portal Senado Notícias e na TV Senado.

Como participar

O evento será interativo: os cidadãos podem enviar perguntas e comentários pelo telefone da Ouvidoria do Senado (0800 061 2211) ou pelo Portal e?Cidadania, que podem ser lidos e respondidos pelos senadores e debatedores ao vivo. O Senado oferece uma declaração de participação, que pode ser usada como hora de atividade complementar em curso universitário, por exemplo. O Portal e?Cidadania também recebe a opinião dos cidadãos sobre os projetos em tramitação no Senado, além de sugestões para novas leis.




Fonte: Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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