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Terreiros de Umbanda e Candomblé de Itaboraí terão policiamento reforçado

Locais foram ameaçados de fechamento por pastor evangélico em show gospel na cidade

Por Anderson Madeira em 24/05/2022 às 20:17:07

Foto: Divulgação

Após terem sido ameaçados de fechamento pelo pastor Felippe Valadão durante show gospel, no último dia 19, pelo aniversário do município de Itaboraí, na Região Metropolitana, os terreiros de Umbanda e Candomblé da cidade terão o policiamento reforçado para garantir o seu funcionamento. A medida foi garantida após pedido do deputado estadual Átila Nunes (PSD), relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Intolerância Religiosa na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), feito na última segunda-feira (23). Nesta terça-feira (24) houve reunião de planejamento da ação com o comandante do Batalhão da Polícia Militar de Itaboraí, tenente coronel Gilbert dos Santos, com representantes dos terreiros.

Átila Nunes ouviu da PM a garantia de que além da segurança reforçada, a cidade poderá ter em breve um núcleo da Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e de Intolerância Religiosa).

“Saio da reunião confiante de que a polícia vai ter uma atuação mais ativa no combate à intolerância religiosa em Itaboraí. Conseguimos a garantia de que a Polícia Militar acompanhará de perto as ocorrências de preconceito e reforçará a atenção às áreas onde funcionam os terreiros de umbanda e candomblé. A instalação de um núcleo da Decradi é fundamental na região, já que a postura do autointitulado pastor Felippe Valadão pode gerar uma onda irreparável de ódio e violência contra a diversidade em Itaboraí. Precisamos de um atendimento especializado para as vítimas de discriminação’, afirmou o parlamentar.

Dirigentes de terreiros de Itaboraí organizam a realização de um seminário para discutir a liberdade religiosa e ações futuras de combate ao preconceito no município. Na última segunda-feira (23), o relator da CPI da Intolerância Religiosa da Alerj protocolou duas representações no Ministério Público: uma contra o pastor por incitação ao ódio religioso e outra pedindo o ressarcimento do dinheiro público gasto pelo prefeito Marcelo Delaroli para realizar o evento oficial usado para disseminar o preconceito religioso no município.


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