O brasileiro Carlos Ghosn foi formalmente demitido do cargo de CEO da NISSAN pelo conselho da montadora japonesa após uma reunião de emergência em sua sede em Yokohama, juntamente com Greg Kelly, outro alto executivo acusado pela empresa de facilitar a suposta irregularidade.
No entanto, Ghosn e Kelly permanecerão membros do conselho já que apenas um voto dos acionistas pode destituí-los.
Os dois foram presos na segunda-feira (19) depois que uma investigação interna descobriu que Ghosn não divulgou 70,3 milhões de reais em receita e usou indevidamente fundos da empresa. Os promotores disseram que as alegações são mais sérias do que o inicialmente imaginado. Ambos utilizaram informações confidenciais para lucrar de forma ilícita, além de utilizar a verba em empresas públicas.
É esperado que a Nissan confirme seu atual executivo-chefe, Hiroto Saikawa, como presidente. O escândalo ameaçou a estabilidade da aliança Nissan / Renault e Mitsubishi - criada por Ghosn.
A Renault, que é a maior acionista da Nissan, já havia declarado seu apoio recusando-se a removê-lo como seu principal executivo e presidente. A marca francesa anunciou um chefe interino "temporário" até que o assunto fosse resolvido.